Testemunhas de Jeová orientam fiéis a não fazerem doações às vítimas do RS (não confiem na manchete, leiam a notícia)

By | 23/05/2024 9:14 am

Denominação cristã suspeita de fraudes e fake news e decide concentrar ajuda da congregação

 

A liderança máxima dos Testemunhas de Jeová no Brasil pediu às suas congregações que orientem os fiéis a não participarem de campanhas de arrecadação e a não enviarem dinheiro para desabrigados no Rio Grande do Sul.

Para os fiéis que, mesmo assim, quiserem doar, a instituição religiosa recomenda que a transação seja feita para o Pix da igreja.

Diversos municípios do Rio Grande do Sul, como Canoas, seguem alagados
Diversos municípios do Rio Grande do Sul, como Canoas, seguem alagados – Bruno Santos – 20.mai.24/Folhapress

“Se a sua congregação ainda não foi convidada [a ajudar], pedimos que não façam arranjos pessoais para enviar doações”, diz a liderança em uma carta cuja autenticidade foi confirmada.

Ainda de acordo com o comunicado, somente as congregações de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul foram mobilizadas para participar no envio de doações. A carta informa que cerca de 2.000 fiéis afetados pela enchente já estão recebendo os cuidados necessários.

A liderança diz a seus anciãos —que cuidam da parte administrativa das congregações— que a ajuda prestada em desastres precisa ser “bem organizada e coordenada de modo eficiente”.

Os Testemunhas se definem como bem cuidadosos ao usar os donativos. “Evitamos duplicação de esforços, confusões e desperdício de dinheiro e de materiais, coisas que geralmente acontecem quando os irmãos agem por conta própria”, diz a carta.

Consultado, o Departamento de Informações ao Público (DIP) dos Testemunhas de Jeová disse que, no início das enchentes, diversos veículos de mídia alertaram sobre golpes financeiros e fake news envolvendo a ajuda aos refugiados.

“Nesse contexto, procuramos alertar e orientar os interessados em fornecer ajuda humanitária de forma organizada”, disse a instituição.

“Naturalmente, cada Testemunha de Jeová pode decidir se e como irá apoiar campanhas de ajuda humanitária, independentemente do modo em que sejam prestadas.”

Comentário nosso

A gente nunca pode confiar exatamente no que diz a manchete. Há manchetes mal elaboradas que podem levar o leitor a erro, principalmente se ele for passar a notícia para a frente, ou seja, divulgá-la em conversas ou em postagens na internet. A manchete desta notícia é uma delas.  Quem lê a notícia na íntegra vai ver que a denominação não orientou os fiéis a simplesmente deixarem de fazer doações para os desabrigados do Rio Grande do Sul. Eles estão orientando seus fiéis para fazerem as doações através dos organismos da igreja. E com toda razão. Tem muito “picareta” fazendo arrecadação de objetos e de dinheiro para as vítimas das calamidades no Rio Grande do Sul e simplesmente desviando parte daquilo que conseguem arrecadar, quando não desviam tudo, como no caso de dinheiro. Outra coisa, muita gente está organizando estas campanhas com o sentido de “aparecer”. Por isso, cuidado para não estar ajudando um “picareta” destes a tirar proveito de sua boa vontade. Só faça doações de qualquer tipo a instituições sérias, que tenham um nome a zela. Sabemos que muitas vezes nestas instituições também têm “picaretas”, mas pelo menos, você teve cuidado em tentar evitar as picaretagens. (LGLM)

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Category: Nacionais

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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