Músicos denunciam baixo valor de cachê para trios e grupos de forró locais que serão pagos no São João de CG (confira comentário nosso)

By | 25/05/2024 7:02 am

Cachês serão de R$ 800 para trios pé-de-serra e de R$ 1.500 para grupos de forró locais, considerados baixos em comparação com os pagos a atrações de outros estados

 

(Portal WSCOM, 24/05/2024)

Grande parte dos músicos da Paraíba aguardam com ansiedade o início dos festejos juninos no estado, em especial no município de Campina Grande, onde acontece o Maior São João do Mundo. Na cidade, o arrasta-pé tem a duração de 30 dias, para a alegria do público e principalmente desses profissionais, que têm no evento a oportunidade de fazer uma renda extra. No entanto, diversos músicos estão denunciando o baixo valor de cachê para trios pé-de-serra e grupos de forró locais que serão pagos pelas apresentações na Rainha da Borborema.

Segundo os músicos integrantes da Associação dos Forrozeiros da Paraíba (Asforro-PB), a organização do Maior São João do Mundo informou que os cachês serão de R$ 800 para os trios pé-de-serra e de R$ 1.500 para os grupos de forró locais, considerados baixos em comparação com os pagos a atrações de outros estados e regiões, que frequentemente recebem valores elevados por apresentações mais curtas.

O presidente da Asforro-PB, Ecarlos Carneiro e outros músicos da entidade, fizeram um vídeo no gabinete do vereador Napoleão Maracajá, o qual pediram ajuda em busca de uma solução para a situação, tendo em vista a diferença exorbitante dos cachês que serão pagos para outras atrações do São João de Campina Grande.

Audiência Pública

No último dia 16, a Câmara Municipal de Campina Grande realizou uma audiência pública proposta pelo vereador Napoleão Maracajá para discutir a valorização dos artistas locais, em preparação para O Maior São João do Mundo, cuja edição de 2024 começa no dia 29 deste mês.

A discussão abordou problemas recorrentes sobre a contratação de trios de forró, bandas e cantores solo de Campina Grande e da Paraíba, especialmente em relação aos cachês pagos, que são considerados baixos em comparação aos de artistas de outras regiões, que frequentemente recebem remunerações mais altas por participações menores em termos de duração dos shows.

A situação tem resultado na ausência de ícones do forró tradicional no evento nos últimos anos. A sessão contou com a presença de diversos artistas locais, que utilizaram a tribuna da Câmara para expressar suas preocupações.]

Comentário nosso

A ganância dos empresários transformou os verdadeiros forrozeiros no “patinho feito” do São João. A festa que deveria ser da música nordestina, foi assaltada pela música sertaneja que fatura milhões, enquanto para as legítimas bandas de forró recebem as migalhas que sobram. O dinheiro que recebem a um ou dois dos sertanejos seria suficiente para pagar todos as bandas e cantores de forró, com o valor razoável. A situação de Campina Grande tem se repetido em todas as cidades, Patos inclusive, que alardeiam a realização dos festejos juninos.  Simplesmente, avacalharam o São João. (LGLM)

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Category: Regionais

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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