(Blog do Jordan Bezerra, em 29/05/2024)
A ex-assessora de gabinete de Dinaldinho Wanderley, Cinthia Mambrini, disse que o ex-prefeito foi traído por pessoas de dentro da prefeitura. A declaração foi dada durante um podcast na TV Sol, nessa terça-feira, dia 28 de maio.
De acordo com Cinthia, o ex-prefeito quis fazer as coisas da forma correta, mas mexeu com o corporativismo que há dentro dos órgãos de Patos. Ela disse que o problema foi querer transformar as coisas rapidamente e fazer diferente do que vinha sendo feito.
“Pela visão que tenho de tudo que se passou, de tudo que aconteceu, hoje, eu não posso dizer que Dinaldinho foi incompetente por conta do curto período que ele administrou. Não deixaram ele administrar. Injustiçado? A Justiça está aí para dizer que ele não foi condenado. Não sou eu. Acho muito errado dizer que ele errou sozinho, não vejo pecado, vejo que ele foi com muita sede ao pote. Ele quis transformar muito rapidamente as coisas. Dinaldinho cumpriu com a promessa que vez quando ingressou na prefeitura, sempre dizia que ia limpar o nome do pai dele (o pai dele não tinha de que se limpar!) . Isso ele fez. Temos em Patos um corporativismo dentro dos órgãos muito complicado. E qualquer gestor que entrar vai passar por isso. É preciso saber quem são as pessoas que estão lá”, disse Mambrini.
Concordo plenamente, com minha querida amiga Cinthia, porém isso não é novidade para ninguém. Na verdade o grande pecado dele foi não levar em conta os conselhos de Dinaldo e dona Edna e confiar em quem pensava que era amigo dele. Dinaldinho foi traído pelo “entorno” dele, inclusive alguns parentes (gente do seu sangue). Um dos pontos frágeis de qualquer administração são as licitações e os contratos para prestação de serviço. São os maiores ralos de qualquer administração. Serviços superfaturados permitem muito desvio de dinheiro. Só que o Ministério Público não conseguiu provar que Dinaldinho teve participação direta em qualquer falcatrua, por isso não foi condenado até hoje, naquele que foi a base das denúncias, o contrato de iluminação pública. Suspeitas foram levantadas no processo que o afastou, mas não encontraram provas que o incriminassem. E a prova maior é que financeiramente ele saiu na mesma situação em que entrou. Dinaldo pai não tinha de que se limpar. Nenhuma das acusações feitas contra ele persistiu à luz dos órgãos judiciais. (LGLM)