(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, publicado no Notícias da Manhã, da Espinharas FM, em 04/06/2024)
Dois fatos noticiados a semana passada merecem a atenção da STTRANS que a nosso ver pode solucioná-los com facilidade.
O primeiro fato foi a falta de respeito dos motoristas patoenses com relação às viaturas de emergência. O fato foi denunciado por um dos motoristas de ambulância do SAMU. Atendendo a um chamado de urgência para ir buscar um doente que estava sofrendo convulsões, a ambulância teve que passar por uma rua central da cidade, com trânsito congestionado àquela hora. O motorista ligou a sirena da ambulância, instrumento que é utilizado por eles para pedir passagem. Mas ninguém no trânsito daquela avenida se mexeu para facilitar a passagem da ambulância. Faltou àqueles motoristas o mínimo de civilidade ao mesmo tempo que estavam cometendo uma infração de trânsito, que é não facilitar a passagem de veículos de emergência. Mas onde estavam os homens da STTRANS para fazer os motoristas darem passagem à ambulância e ao mesmo tempo multarem os que não estivessem facilitando a passagem da ambulância? Ninguém sabe ninguém viu.
A primeira sugestão que tínhamos para a solução do assunto eu acredito que a STTRANS sabe qual é. O problema é. Se sabem por que não o fazem. A maioria das saídas das ambulâncias é feita pela ponte do São Sebastião. A STTRANS podia manter um dos seus agentes na cabeça da ponte, numa moto, com uma câmera no capacete para sair como batedor da ambulância até que ela atravessasse o trecho onde houvesse dificuldade para o veículo, filmando ao mesmo tempo aqueles que não facilitassem a passagem da ambulância. Depois era só verificar a filmagem e “meter a caneta”. O mesmo agente esperaria a volta da ambulância para conduzi-la até o hospital a que se destinasse.
O outro fato que merece atenção, foi um apelo do presidente do sindicato dos taxistas, “pedindo clemência dos agentes de trânsito” para os profissionais que fazem fila dupla em determinadas ruas, para que seus clientes desçam ou entrem nos seus veículos. Uma fila dupla na Ruy Barbosa ou na Leôncio Wanderley, numa hora de movimento, é um “deus-nos-acuda”. Mas Prefeitura e STTRANS poderiam providenciar uma solução. Reservar em cada quarteirão um espaço de sete ou oito metros onde ninguém poderia estacionar. Este espaço seria sinalizado, inclusive com uma pintura à tinta vermelha no solo, além de placas advertindo que aquele espaço era reservado para que os veículos particulares ou os taxis liberassem os seus passageiros ou os admitissem para viajar no veículo. O mesmo espaço poderia ser utilizado, por um tempo também indicado na placa, para que caminhões assim como os taxistas fizessem entregas rápidas de encomendas ou mercadorias. No espaço caberia certamente um caminhão e um veículo pequeno, ou dois veículos pequenos, apenas pelo tempo necessário para um passageiro descer ou subir no veículo ou uma encomenda ou mercadoria ser entregue. Os passageiros que fossem pegar um veículo ou táxi seriam orientados a procurar aqueles espaços predeterminados, que deveriam ter acesso para cadeirante e um faixa de pedestre que facilitasse a travessia do passageiro quando se destinasse ao outro lado da avenida.
A nosso ver, são duas providências simples e que NÃO vão requerer um gasto tão grande que a administração municipal ou a STTRANS não possam arcar com ele. No caso das ambulâncias só as multas pagariam os custos das providências até que que elas não fossem mais necessárias.
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