Censura: entidades pedem explicações da Arte Produções e providências da PMCG (confira comentário nosso)

By | 09/06/2024 9:26 am

(Mais PB, em 03/06/2024)

Milton Figueiredo denunciou que foi descredenciado por empresa organizadora, sem explicações

A Associação Paraibana de Imprensa (API), a Associação de Mídia Digital (Amidi) e Associação Campinense de Imprensa (ACI) publicaram nota nesta segunda-feira (3) se solidarizando com o associado Milton Figueiredo (Blog do Milton Figueiredo), que denunciou nos seus canais de atuação o seu repentino, e até então, inexplicável descredenciamento da cobertura da edição 2024 do São João de Campina Grande, bem como a todos profissionais e veículos que eventualmente tenham se sentido discriminados, excluídos ou ofendidos com medidas semelhantes.

Na nota, a as associações exigem explicações técnicas e objetivas da Arte Produções, empresa terceirizada organizadora do “Maior São João do Mundo” e pedem providências e apuração da Prefeitura de Campina Grande, detentora dos direitos e concessão do evento.

As entidades “repudiam qualquer fumaça de censura, cerceamento da liberdade de imprensa ou tentativa de silenciamento e retaliação contra linha editorial de veículos e atuação de profissionais de imprensa, seja por vias econômicas ou posturas autoritárias. Reiteramos nossa defesa por uma sociedade democrática e plural, o que depende de imprensa livre e garantias de espaço ao contraditório”.

CONFIRA A NOTA ABAIXO:

ASSOCIAÇÃO PARAIBANA DE IMPRENSA (API)
ASSOCIAÇÃO DE MÍDIA DIGITAL (Amidi)
ASSOCIAÇÃO CAMPINENSE DE IMPRENSA (ACI)

NOTA DE SOLIDARIEDADE E PEDIDO DE EXPLICAÇÕES

A Associação Paraibana de Imprensa, a Associação de Mídia Digital e Associação Campinense de Imprensa se solidarizam com o associado Milton Figueiredo (Blog do Milton Figueiredo), que denunciou o seu repentino, e até então, inexplicável descredenciamento da cobertura da edição 2024 do São João de Campina Grande.

Nos últimos três dias, as referidas associações buscaram informações sobre o caso e tentaram mediar uma solução justa e pacífica, porém sem sucesso. Diante da impossibilidade e da falta de justificativa concreta, a API, a Amidi e a ACI exigem explicações públicas da empresa Arte Produções, responsável pela gestão empresarial do evento, quanto as razões e critérios objetivos que motivaram a exclusão específica e individualíssima do citado profissional, atingido pela medida no seu sagrado direito ao exercício jornalístico e vítima de constrangimento público.

Ao tempo que também solicita providências à Prefeitura de Campina Grande, detentora da concessão do “Maior São João do Mundo”, no sentido da apuração rigorosa da conduta da empresa terceirizada e, no caso de não obter fundamentação legal e técnica plausível, recomendar a imediata anulação do descredenciamento e a devida autorização do acesso do profissional e equipe do seu veículo ao espaços da cobertura da festa.

As entidades repudiam qualquer fumaça de censura, cerceamento da liberdade de imprensa ou tentativa de silenciamento e retaliação contra linha editorial de veículos e atuação de profissionais de imprensa, seja por vias econômicas ou posturas autoritárias.

Reiteramos nossa defesa por uma sociedade democrática e plural, o que depende de imprensa livre e garantias de espaço ao contraditório.

Paraíba, 3 de junho de 2024

ASSOCIAÇÃO PARAIBANA DE IMPRENSA (API)
ASSOCIAÇÃO DE MÍDIA DIGITAL (Amidi)
ASSOCIAÇÃO CAMPINENSE DE IMPRENSA (ACI

Comentário nosso

É um verdadeiro abuso ao direito  de imprensa livre garantido pela Constituição e pelas leis vigentes no país. O credenciamento de profissionais para eventos públicos nunca foi uma autorização para censurar a imprensa. O credenciamento visa tão somente permitir aos verdadeiros profissionais de imprensa o direito de fazer a cobertura total, de qualquer evento público, seja promovido por ente público ou ente privado, até como garantia de que os eventos sejam feitos dentro da lei. Se o profissional cometer algum abuso na cobertura do evento, cabe aos responsáveis ou organizadores utilizar a lei e a justiça para puni-lo. Nenhuma censura prévia é permitida no atual momento democrático em que vive o país. Só os que não obedecem à lei, podem se arvorar em censores, principalmente da imprensa. Se alguém tem alguma coisa a esconder, está cometendo alguma espécie de crime, de especulação ou promovendo atos obscenos, que trate de escondê-los da imprensa de outras maneiras, nunca impedindo a presença dos legítimos profissionais de imprensa. Uma atitude como esta tomada pela empresa organizadora do que já foi o “Maior São João do Mundo”, só apequena o evento e deveria ser punida pela administração de Campina Grande, pela ruptura do contrato ou pelo impedimento futuro de que a empresa participe da organização de outros eventos da municipalidade. Quem não quer a imprensa presente nos eventos que organiza só pode estar cometendo ou acobertando alguma coisa que não quer que a população saiba que está ocorrendo. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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