Se você é bolsonarista, não leia isto

By | 12/06/2024 6:38 am

Pós-verdade e fake news, tudo a ver

(Ricardo Noblat, puiblicado pelo Metrópoles, em 

Arte sobre foto Reprodução e Igo Estrela/Metrópoles
Jair Bolsonaro Adélio Bispo agressor facada candidato

Se os bolsonaristas raiz, os enrustidos e os antipetistas fervorosos recusam-se a acreditar até hoje que seu líder sabotou o combate à epidemia da Covid, roubou joias do acervo da Presidência, conspirou para derrubar a democracia e tentou dar um golpe de Estado, por que acreditariam que Adélio Bispo agiu sozinho quando em 2018 esfaqueou Bolsonaro em Juiz de Fora?

“O delegado, dono da investigação, que concluiu o caso do Adélio, é diretor da Polícia Federal, cuja diretoria está 100% empenhada em me perseguir. O Adélio tem passagem pela Câmara, e a PF não investigou; o Adélio foi atrás do Carlos [Bolsonaro] em Santa Catarina, em uma escola de tiro; quem pagou a passagem para ele? Como ele sabia dessa informação? Ninguém investigou. Se fosse alguém da direita, iriam revirar a vida da pessoa. Infelizmente, uma parte da Polícia Federal, hoje, é resultado de uma PF que tem lado.”

Diversas imagens de câmeras de segurança em Juiz de Fora ou feitas por pessoas que as publicaram nas redes sociais não mostraram a participação de outras pessoas no episódio;

* Foram analisados 2 terabytes de imagens, incluindo mais de 150 horas de gravação e 1.200 fotos;

* Foram averiguados mais de 250 gibabytes de informações em mídia, incluindo dados de celulares e computador, além de 600 documentos;

* Também foram analisadas mais de 6 mil comunicações de mensagens instantâneas;

* 40.508 mensagens nas contas de e-mail de Adélio a partir de 2016 não mostraram a participação de outras pessoas;

* Foi periciado o celular de uma pessoa crítica a Bolsonaro que havia sido apontada por um bolsonarista como um cúmplice de Adélio, mas não se encontrou nenhum indício que sustentasse isso;

* As mensagens do Facebook de Adélio não revelaram indícios de participação de outras pessoas;

As quebras de sigilo bancário não revelaram aportes suspeitos, e o único valor que chamou atenção foi, na verdade, fruto de uma ação trabalhista movida por Adélio;

* O curso de tiro de Adélio fez foi custeado por ele mesmo;

* Foi feito um cruzamento entre informações nos celulares de Adélio e dados cadastrais de 16,2 milhões de pessoas filiadas a todos os partidos políticos e nada se encontrou.

Escolhida em 2016 pelo Dicionário Oxford como “a palavra do ano”, pós-verdade “é um neologismo que descreve a situação na qual, na hora de criar e modelar a opinião pública, os fatos objetivos têm menos influência que os apelos às emoções e às crenças pessoais.” Pós-verdade, fake news e bolsonarismo têm tudo a ver.

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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