Muitos apoiaram a candidatura de Lula porque acreditavam que seu terceiro mandato seguiria a política econômica responsável dos dois primeiros, mas, até agora, o governo não fez isso
Não há política social melhor e mais efetiva do que o emprego. Lula criticou subsídios e isenções fiscais, que somam mais de R$ 500 bilhões por ano. O governo federal deve examinar a efetividade dessa política. Mas é necessária uma mudança estrutural. É fundamental fazer uma reforma administrativa, a única alternativa para reduzir o alto custo da máquina pública. A Câmara e o governo têm cada um seu projeto, é possível chegar a um texto único a ser votado.
Em 2022, muitos apoiaram a candidatura de Lula porque acreditavam que seu terceiro mandato seguiria a política econômica responsável dos dois primeiros. Até agora, o governo não fez isso, tem expandido gastos. Espero que as medidas de controle de despesas em discussão na área econômica sejam executadas.
O arcabouço fiscal é um compromisso importante de um governo do PT com o controle da despesa. Seu problema é ser focado em receitas – que o governo não controla – e pouco em despesas – que o governo deve controlar. Só que agora o governo precisa mostrar disposição para cortar as despesas, como têm proposto os ministros Fernando Haddad e Simone Tebet. Da última vez que o Brasil embarcou na política “gasto público é vida”, acabou na maior recessão da história recente.
Uma política fiscal responsável como aconteceu em 2003 e em 2016, seria um caminho eficiente para resgatar a credibilidade, reduzir o ritmo de crescimento da dívida pública e levar a uma Selic menor – que reduziria a despesa com juros e liberaria mais dinheiro para gastos sociais.