Cortar gastos é necessário para que o Brasil volte a crescer no nível que precisa (confira comentário nosso)

By | 24/06/2024 5:45 am

Muitos apoiaram a candidatura de Lula porque acreditavam que seu terceiro mandato seguiria a política econômica responsável dos dois primeiros, mas, até agora, o governo não fez isso

(Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, no Estadão, 23/06/2024)
Foto do author Henrique  MeirellesEm entrevista à rádio CBN, o presidente Lula falou pela primeira vez em muito tempo em cortar gastos. Apesar de não vermos ainda sinais concretos, espero que isso se concretize porque é uma necessidade urgente do Brasil.

Não há política social melhor e mais efetiva do que o emprego. Lula criticou subsídios e isenções fiscais, que somam mais de R$ 500 bilhões por ano. O governo federal deve examinar a efetividade dessa política. Mas é necessária uma mudança estrutural. É fundamental fazer uma reforma administrativa, a única alternativa para reduzir o alto custo da máquina pública. A Câmara e o governo têm cada um seu projeto, é possível chegar a um texto único a ser votado.

Presidente Lula falou pela primeira vez em muito tempo em cortar gastos
Presidente Lula falou pela primeira vez em muito tempo em cortar gastos  Foto: Wilton Junior/Estadão

Em 2022, muitos apoiaram a candidatura de Lula porque acreditavam que seu terceiro mandato seguiria a política econômica responsável dos dois primeiros. Até agora, o governo não fez isso, tem expandido gastos. Espero que as medidas de controle de despesas em discussão na área econômica sejam executadas.

O arcabouço fiscal é um compromisso importante de um governo do PT com o controle da despesa. Seu problema é ser focado em receitas – que o governo não controla – e pouco em despesas – que o governo deve controlar. Só que agora o governo precisa mostrar disposição para cortar as despesas, como têm proposto os ministros Fernando Haddad e Simone Tebet. Da última vez que o Brasil embarcou na política “gasto público é vida”, acabou na maior recessão da história recente.

Uma política fiscal responsável como aconteceu em 2003 e em 2016, seria um caminho eficiente para resgatar a credibilidade, reduzir o ritmo de crescimento da dívida pública e levar a uma Selic menor – que reduziria a despesa com juros e liberaria mais dinheiro para gastos sociais.

Esta equação é mais trabalhosa, mas funciona. A reunião do Copom da semana passada, que interrompeu a sequência de sete reduções da Selic, numa decisão unânime – portanto, com votos dos diretores indicados por Lula –, mostra que é necessário controlar o fiscal para que o Brasil volte a crescer como nos dois primeiros mandatos do Lula.

Comentário nosso

Tem toda a razão Henrique Meirelles do alto da sua autoridade como ministro do próprio Lula nos dois mandatos anteriores. Não é com gastança desenfreada para financiar as políticas do Partido dos Trabalhadores que o Brasil vai para frente. O Brasil tem que controlar os seus gastos na medida  em que precisa para crescer e não com a gastança desenfreada desejada pelas politicagens petristas. (LGLM)

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Category: Blog

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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