Várias pessoas da cidade de Patos têm buscado atendimento médico nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) diante dos sintomas gripais frequentes neste período do ano em decorrência das intempéries do tempo. A UPA Dr. Otávio Pires de Lacerda, localizada no Bairro Liberdade, em Patos, tem registrado uma grande procura neste casos.
A professora Telma Gomes precisou buscar atendimento na UPA Dr. Otávio Pires por apresentar sintomas gripais que evoluíram, causando incômodo em sua saúde. Ela foi à UPA nesta quinta-feira, dia 11 de julho, e achou estranho o comportamento da médica que tinha uma receita pronta para o seu caso.
De acordo com Telma, no consultório da médica havia cerca de 50 cópias de receituários prontos. A professora destacou que a médica era residente e precisou ir em outra sala para o médico carimbar a receita pronta. O fato revoltou a usuária.
“…como cidadão que paga impostos, nós temos direito de ter um atendimento individualizado. Cada paciente é um paciente, então não se pode tirar xerox de uma prescrição e passar para todos os pacientes que tenham sintoma gripal”, desabafou Telma.
O caso foi levado ao conhecimento de Tássia Rangel, diretora da UPA Dr. Otávio Pires de Lacerda. Ela disse que vai apurar a denúncia e tratar com o diretor médico sobre o fato.
Comentário nosso
Não sei por que o assombro da paciente com a existência do Receituário Pronto. Se os sintomas de dez clientes são os mesmos, a receita não tem por que ser diferente. O que ela estranhou foi, ao invés de escrever cada receita, a médica ter usado uma xerox. E se a médica estivesse usando um computador, não poderia apenas repetir a receita anterior? E quanto não fazem isso? Há uns sessenta anos havia um médico em Patos, que atendia no SAMDU, que funcionava alí perto da então SANBRA, e que todo mundo sabia decoradas as receitas dele. E ainda tem gente viva que foi atendida por ele. A maioria dos médicos já tem decorada as receitas para cada paciente. Basta ouvir os sintomas ele vai repetir a mesma receita para do paciente anterior para os mesmos sintomas. Existe, inclusive o que se chama de protocolo. Os médicos que cursaram o mesmo curso de Mediciona têm geralmente o mesmo protocolo para as mesmas doenças. Tem muito médico por aí que só faz perguntar: “O que está sentindo?” e sem nem apalpar o paciente vai logo escrevendo a receita. Tem até a história do paciente desaforado que diante da pergunta do médico, respondeu: “Foi para isso que vim aqui. Para saber do médico o que é que eu tenho de doença”. (LGLM)