(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, publicado no Notícias da Manhã, da Espinharas FM, em 15//07/2024)
O desenvolvimento de qualquer país está ligado visceralmente à educação. No Brasil a educação está sendo desprezada em todos os níveis.
Na área privada a educação virou uma indústria. Todo mundo quer ganhar dinheiro com colégios e faculdades. O país está congestionado por exemplo com faculdades de Medicina, de onde vão saindo profissionais que só pensam em ganhar dinheiro. A mesma coisa com as faculdades de Direito, de Enfermagem, de Informática, com todo mundo querendo saber onde vai ganhar mais dinheiro.
As faculdades públicas pululam do mesmo jeito. Mesmo onde não existem professores suficientes, como é o caso da área de Medicina, criam-se faculdades só para atender os interesses políticos da região. Há alguns anos, se pensou em criar uma faculdade federal de Medicina no Sertão e ao invés de criá-la em Patos, com todas as condições para acolher uma faculdade de Medicina, foram criá-la em Cajazeiras, só por interesse político. E criou-se aí uma situação estranha. No primeiro vestibular só um estudante paraibano passou no Vestibular e assim mesmo já estudava no Ceará, estado que aprovou todos os outros vestibulandos. E a outra situação. Huuve matérias que foi necessário levar os estudantes para assistirem aulas em João Pessoa, pois em Cajazeiras não havia professores capazes de ministrarem a disciplina.
Agora recentemente houve três denúncias sérias de descasos com a educação em Patos. No São Sebastião, um dos mvoltareaiores bairros da cidade não havia escola de ensino fundamental, pois a única escola estadual existente, a Maria Nunes havia sido demolida há uns dez anos e só agora anunciaram a reconstrução da Escola. Com não sei quantos anos para concluir e os alunos voltarem a estudar no bairro.
Nos últimos dias, duas denúncias de descaso ganharam as redes sociais. A Escola Estadual Monsenhor Vieira uma das maiores da cidade a oferecer o terceiro grau, passou vários meses com as aulas suspensas por conta de problemas na rede elétrica, enquanto os estudantes recebiam aulas em outras escolas ou, precariamente, de forma digital.
A outra denúncia foi com relação à escola estadual Rio Branco, escola construída há mais de sessenta anos, cujas aulas passaram vários meses suspensas, por conta da necessidade de demolir uma caixa dágua que ameaçava desmoronar. E que agora deve funcionar precariamente por conta da necessidade de reconstruir a referida caixa dágua.
Estes três casos locais mostram o desprezo com que os nossos representantes e nossos governantes tratam a educação dos nossos filhos. Os problemas vão acontecendo e eles os vão empurrando com a barriga sem dar a solução que o problema merece e sem a rapidez que a sua importância requer.
Até quando a nossa educação vai continuar a ser tratada com tanto desprezo? Não podemos esquecer que temos deputado federal e deputado estadual que deveriam cobrar das autoridades estaduais a solução destes problemas!
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