(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, publicado no Notícias da Manhã, da Espinharas FM, em 17/07/2024)
É uma pena realmente depender de medicamentos e esta dependência é bem maior para os que somos idosos. Eu mesmo, gasto em média trezentos reais por mês. Mas isto ainda representa muito pouco no meu orçamento. Há quem gaste muito mais do que isto e só recebe uma simples aposentadoria ou o BPC.
O que me causa maior pena é que apesar de bem intencionado, o programa do Governo termina tendo um alcance bem menor do que deveria. As doenças que o programa Farmácia Popular procura abranger são as que mais afligem realmente os brasileiros. Mas o que acontece é que o rol dos medicamentos do programa não alcança a maioria dos medicamentos que vêm sendo prescritos pelos médicos que atendem o público que o programa beneficia.
Não podemos culpar os médicos por isso. Os profissionais da medicina sempre prescrevem o que julgam ser melhor para cada paciente, o problema e que a relação oficial é muito restrita. Temos uma amiga que gasta quase a metade do Beneficio de Prestação Continuada (BPC) com a compra de medicamentos e nenhum deles está dentro da lista do programa. Eu mesmo só teria oportunidade de comprar um medicamento que me são prescritos, mas nem me dou ao trabalho de ir às farmácias populares pois este custa apens R$ 4,28, cada caixinha com trinta comprimidos.
Não podería mos deixar de reconhecer a importância do programa popular, mas acreditamos que o Governo Federal poderia ampliar o seu alcance, aumentando o rol dos medicamentos beneficiados pela redução de preço e pela gratuidade.
Com isso aumentaria o número de beneficiados pelo programa e com isso a importãncia dele para as classes menos favorecidas. Não podemos esquecer que recentemente houve uma ampliação do benefício, com a gratuidade total para parte dos medicamentos. Mas isto ainda é pouco, tendo em vista que o rol de medicamentos continua muito reduzido.
Quem me dera ter que voltar aqui, amanhã ou depois, para agradecer um progresso maior do programa, mesmo que não esteja entre os maiores beneficiários dele! Que se amplie a relação dos medicamentos do programa e, principalmente, que se amplie a gratuidade total.
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