Datafolha: 8 em cada 10 evangélicos paulistanos dizem nunca ter votado em candidato sugerido pelo pastor

By | 22/07/2024 1:21 pm

Questionados sobre a relação entre política e valores religiosos, 55% dos evangélicos paulistanos discordam da ideia de que ambos devem caminhar juntos

 

(PortalWSCOM, em 21/07/2024)

A relação entre religião e política parece não ser bem recebida pela maioria dos evangélicos na cidade de São Paulo. Uma pesquisa realizada pelo Datafolha entre 24 e 28 de junho com 613 moradores da capital paulista revela que a maioria dos fiéis prefere manter uma separação entre os papéis de seus líderes espirituais e o processo eleitoral.

De acordo com o levantamento, 56% dos entrevistados acreditam que seria mais apropriado se os pastores se abstivessem de apoiar candidatos durante as eleições. Além disso, 70% consideram inaceitável que os pastores indiquem diretamente quem deve ser escolhido pelos fiéis nas urnas.

O estudo também mostra que 80% dos evangélicos paulistanos afirmam nunca ter votado em candidatos sugeridos por seus líderes religiosos. Além disso, 90% dos entrevistados afirmam que nunca sentiram pressão para seguir essas indicações.

A pesquisa revela que a identidade religiosa dos candidatos nem sempre influencia a confiança dos eleitores. Apenas 11% dos entrevistados confiam muito mais em candidatos que também são evangélicos, enquanto 20% confiam um pouco mais. Por outro lado, 13% confiam um pouco menos em candidatos evangélicos e 14% confiam muito menos. Para 37%, a religião do político não faz diferença.

O estudo também mostra que a maioria dos evangélicos acredita que a liderança espiritual deve manter distância de questões eleitorais. Aproximadamente 76% dos entrevistados acreditam que os assuntos políticos não devem ser discutidos durante os cultos.

Quando questionados sobre a relação entre política e valores religiosos, 55% dos evangélicos discordam da ideia de que ambos devem caminhar juntos. Em relação à representação política, apenas 30% dos participantes citaram um nome quando questionados sobre qual político mais representa o segmento. Jair Bolsonaro (PL) lidera essas menções com 10%, seguido pelos deputados Nikolas Ferreira (4%) e Marco Feliciano (3%). Silas Malafaia e Lula aparecem com 1% cada.

Sobre a presença de evangélicos em cargos políticos, as opiniões estão divididas: 6% acham que há excesso, 29% consideram a quantidade adequada e 26% acreditam que é insuficiente. 33% acreditam que evangélicos não deveriam ocupar esses cargos.

Para a próxima eleição municipal, 87% dos evangélicos consideram essencial que o candidato à prefeitura acredite em Deus. No entanto, a importância de compartilhar a mesma fé é vista de maneira dividida: 53% acham que não é relevante, enquanto 50% acreditam que é um pouco ou muito importante.

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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