Necessidade da fiscalização do trânsito (Ouça o áudio do texto)

By | 31/07/2024 8:00 am

(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, publicado no Notícias da Manhã, da Espinharas FM, em 31/07/2024)

A Folha de São Paulo, a semana passada, chamou a atenção para o aumento de mortes que tem acontecido no trânsito da capital paulista. O fato não é exclusividade do movimentado trànsito paulistano. A violência do trânsito tem crescido em todo o país.

Neste domingo, inclusive, um episódio aconteceu em Patos que chamou a atenção da população. Um funcionário da CAGEPA foi flagrado, por uma câmera de segurança de uma residência no Luar de Angelita, atropelando uma cão de rua, aparentemente doente, deitado numa sombra naquela artéria. Como muitos outros veículos vinham desviando do animal quando ali passavam há a suspeita de que ele o teria atropelado de propósito. A CAGEPA já identificou e afastou o funcionário e abriu um processo administrativo para apurar o fato.

Ou seja, no volante de um veículo aquele  motorista se teria tornado um verdadeiro criminoso, apesar de se tratar de um simples animal, a vítima do crime.

É justamente para evitar o caos no trânsito que existe o Código Nacional de Trânsito e para que existem os agentes municipais e estaduas de trânsito para fiscalizar o trânsito. Fiscalização que se torna cada vez mais premente. Já imaginaram se cada motorista pudesse agir do jeito que quisesse, do motoqueiro ao motoista de automóveis, de caminhões, de carretas de retroescavadeiras e assim por diante?

Por outro lado, temos visto com que frequência os motoristas reclamam do que chamam indústria de multas da STTRANS. Pedindo que sejam relevadas determinadas infrações, como se os agentes pudessem agir ao seu absoluto arbítrio. Os agentes têm que agir de acordo com a lei, Sem contemplações.

Cada motorista tem que se compenetrar das suas obrigações e dos cuidados que tem que tomar quando está dirigindo.

Em Patos, assim como em João Pessoa, onde resido, há uma reclamação muito grande com relação aos motoqueiros que se dedicam a entregas de mercadorias, refeiçoes e lanches. São os maiores infratores do trânsito, com sua pressa em fazer suas entregas, já que ganham com base na produção. Quanto mais entregas fizerem mais ganham.

Hoje é uma temeridade para o cidadão comum dirigir, no dia a dia. Eu mesmo raramente dirijo. Agora mesmo estou sem dirigir pois não sei dirigir os veículos automáticos e elétricos e vendemos o meu carrinho mecânico. Ou aproveito a boa vontade da esposa, quando pode, ou utilizo os serviços do UBER, o que tenho feito com frequência nos últimos seis anos, desde que fui assaltado na calçada do prédio onde moro.

A fiscalização do trânsito se torna cada vez mais importante para evitar que o trânsito se transforme no inferno moderno. E cada motorista tem que se compenetrar da necessidade de dirigir com o  maior cuidado possível, nem só no que faz, mas principalmente no que os outros fazem no trânsito. Infelizmente ainda há muito motorista descuidado e irresponsável por aí, que ainda chega a reclamar da fiscalização quando é pilhado numa infração e é multado. A culpa não é do guarda, ele não ganha por produção. A culpa é de quem dirige sem atentar para as regras do código de trânsito.

Ouça o áudio do texto: 

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Category: Opinião

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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