Morre aos 98 anos o ex-prefeito de Santa Terezinha-PB, Bindu Camboim (confira comentário nosso)

By | 02/08/2024 2:07 pm

Ele faleceu de causas naturais em sua residência, localizada na Rua Peregrino Filho, no bairro Brasília, em Patos, por volta das 08h30.

(Felipe Vilar, no Patos Online, em 02/08/2024)
Foto: Reprodução
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Faleceu na manhã desta sexta-feira, dia 02 de agosto, aos 98 anos, o ex-prefeito de Santa Terezinha-PB, Severino Luiz Camboim, mais conhecido como Bindu Camboim.

e faleceu de causas naturais em sua residência, localizada na Rua Peregrino Filho, no bairro Brasília, em Patos, por volta das 08h30.

Era casado com a senhora Idalice Lucena Amorim, união da qual nasceram os filhos: Alda Fran, Alba Liena, Aldo, Alta Miran e Alexandre.

Seu corpo será velado a partir das 16h desta sexta (02), no Memorial Jardim da Paz Cemitério Parque, localizado no Distrito Industrial, em Patos. Já o sepultamento estár marcado para às 8h deste sábado, dia 03, também no Memorial Jardim da Paz.

Nascido em 12 de novembro de 1926, no Sítio Alecrim, atualmente zona rural de Mãe d’Água, Bindu Camboim tem parte determinante na história do município de Santa Terezinha. Ele compôs a primeira chapa majoritária eleita na cidade, em 07 de outubro de 1962, obtendo 406 votos para o cargo de vice-prefeito, que teve no pleito o gestor Severino Pereira Sobrinho. Posteriormente, em 1966, candidatou-se novamente, desta vez como prefeito, logrando êxito e gerindo o município durante quatro anos.

Antes de ingressar na vida pública, no entanto, Bindu iniciou uma atividade de tropeiro, tangendo mulas no transporte de algodão da localidade Mãe d’Água de Fora, atualmente distrito de Santa Maria Gorete, para a Usina Anderson Clayton (Cleite), situada na Capital do Sertão. Com a tropa integrada por vários animais, quando as estradas, em sua maioria, eram carroçais, ele foi formando o seu primeiro capital. Paralelo às atividades profissionais que o mantinha e ajudava a família, teve a oportunidade de aprender a ler e escrever, com acesso ao professor Alexandrino, criado por Coriolano de Medeiros, o qual também lhe ensinou as quatro operações.

Eleito prefeito em 1966, a sua obra referencial seria o prédio da Prefeitura Municipal, que perdura até os dias atuais. Administrando um município pobre, o seu grande mérito foi ampliar a assistência, viabilizando um transporte, cujo veículo, modelo Jeep, passou a dar suporte às comunidades, principalmente no atendimento médico e de enfermagem, transferindo pacientes para Patos e levando enfermeiras e médicos para Santa Terezinha. Mesmo como adversário do governo estadual de João Agripino, Bindu Camboim conseguiu construir o primeiro Posto de Saúde da localidade. Foi, também, na sua gestão a construção dos primeiros calçamentos e a extensão da energia elétrica, a partir da cidade de Patos, cuja liberação do projeto contou com a participação do chefe do executivo paraibano, que se fez presente na inauguração. Construiu os grupos escolares das comunidades: Queimadas, Lameirão e Grossos, além de ter concluído a unidade de ensino do Sítio Cipó. Implantou o ensino ginasial, de 5ª a 8ª séries, abrindo as portas de sua casa para abrigar os professores procedentes de Patos. Também foi de sua iniciativa, um sistema de telefone, antes movido a carbono, ampliando o serviço para parte da zona rural.

Após deixar a vida pública, Bindu Camboim passou a dedicar-se, integralmente, à atividade de agropecuarista, mantendo as fazendas Cipó e Serrotes Brancos. Com o crescimento dos filhos e necessidade de ampliar as suas oportunidades educacionais fixou residência na cidade de Patos, precisamente no bairro Brasília.
Comentário nosso – Conheci Bindu Camboim, uns sessenta anos atrás, quando fui passar uns dias na casa de um tio, morador em uma renda de Bindu, no Barrento. Ao longo da vida acompanhei sua trajetório como prefeito honesto e trabalhador, “mercadoria” hoje muito difícil, e sou testemunho de quanto Damião Lucena, disse dele em seu livro. Foi um dos melhores prefeitos daquele município, mesmo nunca época em que as verbas não eram tão abundantes. Tudo que ele conseguia aplicava. E saiu da prefeitura na mesma condição financeira em que entrara, se não tiver saído com menos patrimônio. (LGLM)

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Category: Regionais

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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