Lula atrai um tsunami de críticas por um Maluco, quer dizer, Maduro, sem luz no fim do túnel

By | 04/08/2024 12:03 pm

Crise é gigantesca, com todas as estratégias dando com os burros n’água – ameaçar, bater de frente ou, ao contrário, ‘manter o diálogo’

(Eliane Cantanhêde, no Estadão, 03/08/2024)

 

Foto do author Eliane CantanhêdeNenhuma estratégia está funcionando, não há luz no fim do túnel tenebroso da Venezuela, e Nicolás Maduro, isolado e alucinado, é como uma bomba relógio de um massacre da oposição. Assim como sanções, condenações e pressões internacionais, inclusive notas inócuas da ONU, não deram em nada nas guerras da Rússia e de Israel e Putin e Netanyahu fazem o que bem entendem, também não terão efeito no caos venezuelano. Insanos não têm limite e quanto mais encapsulados, mais livres para destruir. Do outro lado, do que adianta “manter o diálogo”?

ArgentinaPeru e cinco outros países bateram de frente com Maduro nos primeiros momentos, mas com isso só conseguiram a expulsão de seus diplomatas em Caracas, deixando ao relento seus nacionais, seus interesses no País e os opositores de Maduro que haviam abrigado. Agora, EUA, Uruguai e novamente Argentina reconhecem a (óbvia) vitória de González, assim como ocorreu com a de Juan Guaidó em 2021. Ok. E daí? São ações sem consequência, para atrair aplausos internos.

E o Brasil? Depois da sucessão de erros graves do presidente Lula, o Brasil aliou-se a México e Colômbia para manter “o diálogo” com a ditadura venezuelana e o sonho de chamar Maduro à razão. É legítimo, mas uma estratégia tão inútil como as demais, apenas mais desgastante. Já no dia seguinte, Maduro invadiu os escritórios da oposição. Há diálogo possível?

Nicolás Madura e Lula em reunião em março de 2024
Nicolás Madura e Lula em reunião em março de 2024 Foto: Ricardo Stuckert/PR

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O impasse é geral e, no Brasil, Lula atrai um tsunami de críticas internas por um Maluco, quer dizer, Maduro, que desdenha do esforço e não quer soluções, quer guerra. Emburrado, Lula agora se recusar a atender telefonemas. Tarde demais. Brasil mediou o Acordo de Barbados, pelo qual os EUA retirariam as sanções em troca de “eleições transparentes” na Venezuela. Maduro assinou e fez todo mundo de bobo. Opositores presos, impedidos de concorrer e, depois, a declaração de “vitória” sem atas e provas. Um acinte.

Exigir as atas de votação foi prudente no início, mas Maduro não irá mostrar atas que confirmam sua derrota e não se pode esperar nada da Justiça, servil à “democracia” de Maduro. A crise é gigantesca, com as estratégias todas dando com os burros n’água – ameaçar, bater de frente ou, ao contrário, “manter o diálogo”.

Chanceleres de Brasil, Colômbia e México ficaram de apresentar um “cardápio de opções” nesta segunda-feira, depois das manifestações de oposição e chavismo no sábado, com o Exército nas ruas, em que tudo poderia acontecer. Mas o que esse cardápio pode incluir? Ninguém, e nenhum país, sabe o que fazer. Os opositores, de uma coragem impressionante, estão entregues à própria sorte, ou a um Maduro enlouquecido. Trancados numa arena, com a fera pronta para um mar de sangue.

Comentário nosso

Maduro está prestando um grande serviço ao Brasil. Está mostrando que nos livramos de um doido e caimos nas mãos de um presidente que como o amaricano Biden está ficando insano. Nada contra os idosos, pois estamos na mesma faixa de idade. Precisamos começar a pensar em alguém com mais juízo para elegermos em 2026. O PT tem, a nosso ver, um excelente nome, no atual Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a nosso ver o melhor nome da esquerda. E a direita pode ter um bom nome no atual governador Tarcisio Freitas, se provar que não será um mero sabujo bolsonarista. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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