“Métodos vis podem nos conduzir ao poder; mas, não à glória!”
(Misael Nóbrega de Sousa, jornalista, professor e futuro vereador)
A antecipação do voto é uma ação democrática e de livre iniciativa; mas, as vezes, temerária. As passeatas, por exemplo, são um atentado ao processo eleitoral. É quando os partidos usam os eleitores como escudos. A rua era para ser palco apenas das indignações – Ali, as verdadeiras manifestações. Devíamos combater a opressão, não nos rebaixar em troca de um favor pessoal.
Toda aparição política é financiada com dinheiro público. Prevalece quem tem uma maior estrutura de campanha. O marketing, por exemplo, agiganta os homens… – E fixa na mente do eleitor um conceito de fácil assimilação na tentativa de calar a verdadeira voz rouca das ruas. Naquelas bandeirinhas espalhadas pelos logradouros está estampada a cara do povo.
É sabido que o Estado se relaciona/responde à pressão ou à ausência de pressão social. Mesmo técnico, padronizador e uniformizador, – o plano de governo ainda é plataforma de balizamento, mas ninguém mais parece querer debater propostas. Até mesmo a propaganda gratuita e os debates midiáticos no rádio e na televisão, além de outras divulgações permitidas por lei, deveriam ser melhor aproveitados; mas, não! A resistência está entregando os pontos.
Na relação com a urna, apenas o silêncio. – Porém, o quanto somos independentes? Votar é uma luta. E negar isso é vender a própria consciência. Não há inocentes na política… – Corruptíveis e corruptores agem livremente. O processo é que está podre. “Santinhos” em profusão revoam à esquina numa inusitada confluência de legendas. Na varrição costumeira da manhã seguinte, o destino é a lata do lixo.