Cuidado com a pedofilia

By | 22/08/2024 7:00 am

(Ouça o áudio da matéria)

(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, publicado no Notícias da Manhã, da Espinharas FM, em 22/08/2024)

“Pedofilia é um transtorno psiquiátrico em que um adulto ou adolescente mais velho sente uma atração sexual primária ou exclusiva por crianças pré-púberes, geralmente abaixo dos 11 anos de idade”. Não vamos entrar no mérito do significado do fenômeno, cada vez mais presente no noticiário. Sabemos que sempre houve pedofilia, seja ela um transtorno psiquiátrico, seja safadeza pura e simples.

O pior é que antigamente era mais comum serem vítimas garotos e garotas mais taludos como se dizia, mas hoje é muito frequente a notícias de práticas pedófilas de que são vitimas crianças até nos anos iniciais da infância e em muitos casos terminando em morte das vítimas.

Crianças deixadas sem a companhia dos pais, que vão trabalhar, crianças deixadas sozinhas com adultos que muitas vezes não são nem parentes, mas até crianças deixadas com os próprios pais e irmãos.

Nos últimos dias a imprensa deu conta de um episódio envolvendo um médico pediatra, denunciado por uma mãe que lhe confiara uma filhinha de poucos anos durante uma consulta médica. Depois da denúncia desta mãe, surgiram outros relatos contra ele, feitos até por parentas suas, hoje adultas, que o acusaram de ter abusado delas na infância.

Os muitos fatos relatados pela imprensa são deprimentes mas servem de alerta para todos aqueles que são pais e mães de menores. Muito cuidado com quem deixam suas crianças, muito cuidado com as escolas onde estudam, muito cuidado com os companheiros de brincadeiras, cuidado com os médicos que os assistem e principalmente com os que ficam com eles em casa enquanto você sai para trabalhar. Infelizmente, estamos em um mundo dissoluto, em que ninguém sabe em quem confiar.

Estamos num mundo em que filho mata pai, como nunca se ouviu falar com tanta frequência. Num mundo onde a prática de pedofilia está em casa, nas casas dos parentes e dos amigos, nas escolas, nos recintos religiosos, nos consultórios médicos, nas casas de recolhimento, nos ônibus, em qualquer lugar que se pense. Isto exige dos pais maior cuidado com os seus filhos, principalmente com as crianças que não sabem dizer o que está acontecendo ou escondem os fatos por terem sofrido ameaças.

Os pais têm que ficar atentos para qualquer manifestação de medo ou de insegurança dos seus filhos, sejam crianças, sejam adolescentes, pelo risco de estarem sendo molestados. Foi-se o tempo em que a gente deixava os filhos brincarem na rua com os coleguinhas ou os deixava tranquilos na escola.

A necessidade da maioria dos casais de ambos sairem para trabalhar, os obriga a deixar os filhos pequenos em companhia de outras pessoas e o que antigamente era uma garantia de segurança para os pequenos, hoje é um fator de risco.

E grande número de casos de molestamento de menores têm ocorrido em famílias em que as mães partem para a convivência com um segundo marido, e estes têm sido responsáveis por abusarem dos enteados e enteadas, inclusive, com casos de gravidezes daí decorrentes.

Claro que ainda são casos esporádicos, mas que vêm ocorrendo com cada vez mais frequência.

Por conta disso as famílias têm que ter cada vez maior cuidado, quando deixam os filhos sem a companhia de um dos pais. Embora, infelizmente abusos dos próprios pais tenham acontecido.

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Category: Opinião

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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