Por que não frequentar um curso técnico ao invés de uma faculdade!

By | 28/08/2024 7:00 am

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(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, publicado no Notícias da Manhã, da Espinharas FM, em 27/08//2024.

O Brasil é um país de bacharéis. Fomos criados numa cultura em que, para quem não nasceu em berço de ouro, o único caminho do sucesso era ser doutor.  Aliás no passado mais remoto, era ser padre ou doutor. O problema era que os ricos também queriam ser doutor o que seria o cume do sucesso. E aí a disputa passou a ser acirrada entre ricos e pobres. Mas a faculdade passou a ser sinal de sucesso. O maior orgulho de um pai era dizer que tinha um filho doutor.

A importância da faculdade para a educação nascia do fato de que como doutor o cidadão podia ter uma vida mais fácil, ocupar cargos importantes, casar com moças ricas e por aí afora. E por isso todo mundo queria ser doutor. Mas para os pobres surgiu uma oportunidade de vencer na vida sem ser doutor. Os concursos para os bancos oficiais, que ofereciam bons salários, além de inúmeras outras vantagens. E em uma cidade de poucos doutores, os bancários passaram a ser disputados pelas moças. Na Piancó de cinquenta anos atrás, umas doze senhoritas casaram com bancários do Banco do Brasil. Isto abriu caminho para outras profissões que saissem das faculdades.

Mas muitas outras profissões continuavam a ser dependentes de um diploma, como as de juízes, promotores e outras importantes e bem remuneradas.

Para os mais pobres ou menos bem sucedidos nos estudos restaram os cursos profissionalizantes. Patos ganhou a Escola Profissional, depois as Escolas Profissionalizantes do Homem e da Mulher, o PREMEN, e mais, recentemente o Centro de Treinamento do SENAC e duas Escolas Técnicas, uma Estadual e outra Federal. Pena que tenha perdido um Centro de Treinamento do SENAI, simplesmente por que a Prefeitura de Patos preferiu doar um terreno para um grupo econômico de São Bento, a doar um terreno para o SENAI construir o seu centro de treinamento, para o qual tinha o dinheiro para construir e fazer funcionar. Para a administração da época era mais importante arranjar votos para um determinado deputado, do que um centro de treinamento para filho de pobres.

Ainda bem que temos o SENAC e as duas escolas técnicas. O que muita gente precisa entender é que hoje é muito mais importante ter uma profissão do que um diploma de doutor. Tem muito doutor empregado em cargos que não tem nada a ver com a sua profissão, como há uns trinta anos em Patos tinha muito enconomista trabalhando em balcão de lojas.

Um boa profissão, adquirida em escolas técnicas e cursos profissionalizantes, hoje abre oportunidade para ter a própria firma ou conseguir um emprego com boa remuneração. A IEPB oferece quatorze excelentes cursos em Patos. A Escola Estadual Cidadã Integral Tecnica Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque também oferece excelentes cursos. O SENAC Patos oferece também educação profissional técnica de nível médio. Ou seja, Patos oferecer excelentes oportunidades de cursos profissionalizantes tanto de nível médio, quanto de nivel superior. Cursos como o de Informática são dos mais valorizados no mercado de trabalho. Um bom profissional pode ganhar mais de quinze mil reais por mês.

Fica aí a dica. O sucesso profissional não é exclusivo para os doutores tradicionais. Hà muitas profissões de sucesso, com um simples curso técnico ou profissional.

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Category: Opinião

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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