Relatório aponta indícios de conluio entre licitantes, superfaturamento e manipulação de planilhas
A Polícia Federal deflagrou operação na manhã desta quinta-feira (12/9) que investiga o desvio de recursos públicos enviados pelo deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara.
O contrato, cujo valor inicial foi de R$ 5,1 milhões, foi firmado pela Prefeitura de Patos, atualmente comandada pelo pai de Hugo Motta. A obra tem como objeto a restauração da Alça Sudeste e da Avenida Manoel Mota no município paraibano.
“Essa é mais uma importante obra de mobilidade urbana que está sendo realizada em nossa cidade graças aos recursos conseguidos pelo deputado federal Hugo Motta”, escreveu Nabor Wanderley, ao anunciar o início da obra, em dezembro de 2021, nas redes sociais.
O contrato foi assinado no âmbito de um convênio entre o antigo Ministério do Desenvolvimento Regional e a Caixa Econômica Federal.
De acordo com relatórios de auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), foram identificados indícios de conluio entre licitantes, cláusulas restritivas de concorrência no edital, superfaturamento em aditivos contratuais e manipulação de planilhas.
Comprovadas a autoria e a materialidade, os investigados poderão responder por crimes como frustração do caráter competitivo, pagamento irregular em contrato administrativo, peculato, crimes tributários e lavagem de capitais.
Comentário nosso – Depois de escolhido por um grupelho de deputados influentes na Câmara Federal, capitaneados pelo presidente a Casa, deputado Artur Lira, como um presidente que possam manobrar à vontade, Hugo Motta passa a servir de alvo para os adversários, a ponto de uma simples operação para investigar desvios de recursos das emendas parlamentares em Patos, ganhar as manchetes nacionais. Em tempos de emendas do orçamento secreto direcionadas para a admnistração do próprio pai, o deputado Hugo Motta, passa a gozar de uma indesejável notoriedade. E a operação da PF vem numa hora incômoda para mostrar que nem tudo são flores na administração municipal, como apregoa o “cordão dos puxa-sacos”. (LGLM)