Jornalista e pesquisador Genival Junior comenta cenário político atual
(Genival Júnior, no Patos Online, em 18/09/2024)
A cidade de Patos conheceu na última segunda-feira, 16, o resultado da última pesquisa Opinião/Rede Mais, sobre a corrida sucessória ao Palácio Clóvis Sátiro na cidade de Patos, apontando a liderança do candidato do Republicanos, Nabor Wanderley, com 60% quando a pergunta é feita de forma espontânea, (sem a apresentação dos nomes dos cabdidatos) e 66,7% na estimulada, (quando são apresentados os nomes dos postulantes).
O candidato do PSDB, Ramonilson Alves, tem 11% na abordagem espontânea e 14,9% na estimulada, enquanto Edileudo Lucena (PT), teve 0,7% e 2,7% respectivamente, e Aline Leite (UP), 0,4% e 0,7%, das intenções de voto.
Nas ruas, a grande pergunta sobre a pesquisa nos últimos dias é: o que há de verdade ou fantasia nesses números em relação ao atual cenário político da Capital do Sertão?
Primeiramente precisamos esclarecer que cada pesquisa com padrão confiável, e creio que essa não seja diferente, apresenta uma realidade projetada para um universo, com uma amostra de eleitores que refletem o sentimento do eleitorado pesquisado, em praticamente todos os bairros da cidade.
Neste parâmetro, vale destacar que como a amostragem foi feita com 450 eleitores, foi ouvido 1 a cada 151 votantes da cidade de Patos, onde cada eleitor consultado representa outros 150 não ouvidos, e que, respeitando a margem de erro, manifestariam respostas semelhantes a dos entrevistados.
Diferente do que muitos pensam, a amostragem não foi pequena para Patos, se comparada por exemplo, a 1.092 entrevistados pelo Datafolha em São Paulo, que tem 9.322.595 eleitores, e teve 1.092 pesquisados, ou 840 ouvidos no Rio da Janeiro, onde votam 5.009.421 eleitores e teve apenas 840 deles consultados no mesmo período. Pergunta-se: onde proporcionalmente foi ouvido mais gente?
Se considerados trabalhos semelhantes aos do Opinião, podemos dizer quer Patos apresenta há pouco mais de um mês, um cenário bastante desigual e estável quanto a posição dos candidatos na preferência do eleitor, onde passa a impressão de um grupo muito articulado, um outro ainda em formação, e de duas candidaturas com grupos minoritários em suas equipes de trabalho.
Outro aspecto a considerar é que pesquisa retrata a realidade do momento em que a consulkta é realizada, e não um exercício de advinhação, o que pode copnsiderar como normal um resultado divergente do apontado, desque que os desdobramentos da campánha política justifiquem uma eventual mudança. Esse tipo de regra é aplicável de poequenos a grandes municípios, ou até mesmo em estados e no cenário nacional, respeitando as particularidades da cultura política de cada lugar.
Considerando o cenário apresentado na pesuisa Opinião/Rede Mais, de 71 a 81,6% do eleitrado patoense já declara votar nos dois primeiros colocados que estão na disputa, enquanto a soma dos outros candidatos com os votos brancos e nulos e os indecisos, gira entre 29% e 18,4% do eleitorado patoense, fato que torna a corrida bastante desigual.
O sentimento constatado em uma pesquisa de opinião pública científicamente correta, também é sendido nas ruas por um eleitor que tem o hábito de conversar com pessoas de todas as correntes políticas, e percebe a força de todas as tendências, mas é desconhecido por eleitores que passam a corrida eleitoral enclausurados em seu próprio núcleo político e passa a acreditar de forma fantasiosa que um determinado lugar em peso vota no mesmo candidato que ele.
No entanto, vale lembrar que nem mesmo o voto dos candidatos está na urna, que ainda está zerada, e que por isso, antes dos votos serem depositados lá, o tamanho dos candidatos é apenas um exercício opinativo com base nos elementos que compõem uma leitura política, e um grande exercício de imaginação feito pelo eleitor.
Eu acredito em pesquisa, e sempre faço separação entre o joio e o trigo, pois assim como existem médicos, advogados, jornalistas, professores e de qualquer atividade que sejam bons e maus profissionais, também existem pesquisas com metodologias sérias, com base na ciência dos números e pesquisas manipuladas, dada a prostituição ocorrida no segmento, por amadores que tentam se passar por profissionais e apenas ganhar dinheiro manipulando resultados.
Pra quem não acredita, faltam poucos dias para conhecermos o resultado da maior pesquisa de todas, que será feita diante da urna no dia 6 de outubro, pelo ato democrático de todos nós através do voto.
Comentário nosso – Eu acredito piamente nas pesquisas feitas por institutos sérios. Mas infelizmente a maioria dos que aparecem por aqui não merecem a menor confiança, pois na maioria são capazes de manipularem os resultados para atenderem os interesses de quem os contratou. Os pesquisadores sérios geralmente fazem pesquisas para partidos e candidatos, que não têm interesse em divulgá-las pois vão utilizá-las para direcionar a campanha, atuando naqueles bairros onde estão mais fracos e reforçando nos bairros onde estão melhores. Genival geralmente trabalha em pesquisas para controle interno e o seu trabalho é um dos mais confiáveis feitos na região. O que eu venho acompanhando de longa data. Um trabalho feito por ele eu confio plenamente por que ele é sério e criterioso. E concordo com o que ele diz na matéria, com relação às pesquisas feitas com todo o critério. Mas não acredito na maioria das que feitas por aqui, mesmo divulgadas por institutos sérios, que, entretanto, geralmente terceirizam estas pesquisas e estes terceirizados locais, na sua maioria são capazes de tudo. É tanto, que em eleições de governador teve candidato que foi dormir eleito, segundo estas pesquisas terceirizados, e terminou vergonhosamente derrotado. (LGLM)