É um padrão comum na política: gestores deixam para o último ano de mandato a execução de obras e contratações, desconsiderando as necessidades urgentes da população. Isso favorece a contratação de agitadores políticos, especialmente em cidades como Patos-PB, que têm historicamente iludido as pessoas mais necessitadas com promessas e contratos temporários.
Um recente levantamento do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) expôs esse problema. Entre dezembro de 2022 e junho de 2024, o número de servidores contratados temporariamente cresceu 27,61%, passando de 61.870 para 78.952. No mesmo período, o número de servidores efetivos caiu 2,41%, de 97.635 para 95.284. Esse contraste reflete o aumento da precarização do serviço público, onde contratações temporárias e comissionadas tomam o lugar dos servidores permanentes.
O relatório do TCE, encaminhado à Procuradoria Regional Eleitoral da Paraíba, também destaca o aumento de servidores comissionados, que passou de 27.223 para 30.928, representando um crescimento de 13,61%. Esses números demonstram que as prefeituras estão priorizando contratos temporários em detrimento de uma administração pública estável e comprometida, deixando a população à mercê de interesses políticos e eleitorais.
Este cenário alarmante chama a atenção para a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa por parte das autoridades, visando proteger o interesse público e garantir que as contratações sejam feitas de forma justa e transparente.
Confira:
Fábia Carolino