Bagunça? Não é novidade para ninguém que Cláudio Castro está mais perdido que trabalhador em tiroteio na avenida Brasil. Não sabe o que quer nem o que fazer. Foi ele quem pediu ajuda ao governo federal, depois que a PM bateu em retirada num confronto com traficantes evangélicos. De tanto permitir que secretarias, delegacias e batalhões fossem loteados por políticos, o governador não tem mais controle sobre as polícias. Com dois anos de mandato pela frente, o seu cafezinho já é servido frio.
Lula disse o óbvio no encontro. O crime organizado conseguiu se infiltrar em todo o território brasileiro –não só no Rio, como muita gente pensa–, nas instituições e nas eleições. Em dia de postura moderada, o governador Tarcísio de Freitas concordou com o petista acrescentando mais duas áreas invadidas: usinas de etanol e clubes de futebol.
Se bem azeitada, a PEC é necessária. Durante mais de 20 anos os governos do PSDB e do
PT, para não se queimar, deixaram a batata quente da segurança na mão dos estados. Foi um erro cujo conserto não será fácil e levará tempo. Mas a sua aprovação no Congresso será mais difícil ainda. Os políticos que exploram o medo e o sangue têm outros planos. Quem sofre –sempre– é a população.
Comentário nosso – A maioria dos governadores já é refém da bandidagem, assim como os políticos de modo geral são parceiros dos bandidos. Por isso, muitos governadores vão continuar fingindo ser contra as providências do Governo Federal, e o Congresso Nacional vai colocar mil dificuldades para aprovar o pacote. Uns por medo, outros por interesse. Tem bandido metido em gabinete de tudo quanto é repartição pública do pais e todo mundo sabe disso. E como diz a sabedoria popular “que tem xx tem medo”. Para muitos deles, a população que se lasque, pois eles vão continuar no bem-bom. Desde que continuem com os seus mandatos e fingindo mandar nas prefeituras, nos Estados, no Congresso e no país. Trancados atrás de sete chaves ou rodeados de seguranças. (LGLM)