DIA DO RADIALISTA

By | 07/11/2024 6:47 pm

(Misael Nóbrega de Sousa, jornalista, professor universitário e poeta, 07/11/2024)

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Até bem pouco tempo, o dia do Radialista era comemorado em 21 de setembro, numa alusão histórica ao decreto que fixou o piso salarial da categoria, no ano 1943, pelo então presidente da república, Getúlio Vargas.

Entretanto, uma lei federal, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, instituiu o 7 de novembro como a data oficial do dia do Radialista, em homenagem à memoria do músico e radialista Ary Barroso, nascido nesse mesmo dia, em 1903.

É dispensável falar da importância do rádio na vida das pessoas. Assim como da contribuição de seus profissionais, ao longo de toda a sua existência. Porém, algo deve ser destacado: não se faz rádio sem paixão.

“Das formas de imprensa, merece destaque o rádio, dado o calor da sua vivacidade, a sua força de convencimento, a rapidez da sua divulgação e a dimensão da sua audiência (…) “dissera-nos Padre Assis, em sua crônica das 12.

Para enfrentar os desafios da comunicação, o rádio teve que se remodelar, sem deixar de preservar as suas características: imediatismo, interatividade e mobilidade, dentre outras não menos marcantes. Com o seu regionalismo sempre presente, tornou-se o quintal de nossas vidas. A ele, a responsabilidade de mediar o debate comezinho.

O rádio é o disco de vinil; o gravador de rolo; a transmissão por LP; é a válvula e o transistor; é o épico “a guerra dos mundos”, por Orson Welles; é a voz de Roquete Pinto: “O rádio é o jornal de quem não sabe ler, é o mestre de quem não pode ir à escola, é o divertimento gratuito do pobre”… – O rádio é o nosso “bom dia” ´e o nosso “boa noite”.

… É também a música, a notícia, o futebol; a nota de falecimento; o “achados e perdidos”; o postal-sonoro, a festa da quermesse; a testemunha ocular; o repórter de polícia; os programas de auditório…

Ah! Rádio Espinharas… – A Panati de Ernani e Múcio Sátiro; e, que hoje, funde-se a Arapuan… – A Itatiunga, que quer dizer “pedra branca”, e foi assim o primeiro nome de Patos… – A Universidade FM, de programação musical jovem… – A queridíssima rádio comunitária Morada do sol…- Todas parentas da pioneira difusora de Mané Lino… – O rádio é um mistifório de certezas e incertezas.

O rádio também é: Batista Leitão, Edileuson Franco, Virgílio Trindade, Aluizio Araújo, Paulo Porto, Geraldo Araújo, o locutor Rodrigo, a vida toda passarinho; e, é, ainda: Orlando Xavier, Nestor Gondim, Valdemir Silva, Damião Lucena, Luiz Gonzaga Lima de Morais, Roberto Fortunato, José Augusto Longo, Dedé Santana, Luis Carlos… – O rádio sou eu, em completa vocação; e, acima de todos esses, por deferência, o rádio é o ouvinte…

Parabéns, colegas radialistas, pela narrativa de todas as vidas. Encerro, servindo-me de padre Assis, mais uma vez: “Aos radialistas, a quem cabe o peso das tarefas, cabe o mérito das realizações (…)”.

 

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Category: Opinião

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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