Resultado enfraquece a tese de que o STF e Moraes, decisivos para evitar um golpe no primeiro mandato e após a derrota de Bolsonaro, erram ao não recolher as armas, porque a ameaça de um golpe passou

Esse risco derruba, ou enfraquece, a tese de que o Supremo e o ministro Alexandre de Moraes, decisivos para evitar um golpe no primeiro mandato e após a derrota de Bolsonaro, erram ao não recolher as armas, porque a ameaça passou, mas eles continuam agindo com excepcionalidade após a volta à normalidade. Será que a ameaça passou mesmo? As vitórias da direita nas eleições municipais no Brasil e de Trump nos EUA estimulam o bolsonarismo e trazem o fantasma do golpe de volta.

Trump não dá bola para a indignação de estrelas e intelectuais que defendem inclusão social, causas identitárias, direitos humanos, e capta com perfeição a insatisfação do “americano comum” que não quer saber do mundo e de princípios, só do que lhe diz direito diretamente: emprego, renda, preços baixos, escola de graça, comida na mesa. Incluem-se aí mulheres, negros, o grupo LGBTQIA+ e até os imigrantes – que Trump capturou dos democratas.
Como na primeira eleição, Trump foi tosco e agressivo durante a campanha, mas suavizou o discurso e o personagem após a vitória. Não se iludam: ele vai dobrar a aposta contra imigrantes pobres e o multilateralismo e a favor da violência na segurança pública, dos combustíveis fósseis, da aproximação com a Rússia e da aliança carnal com Israel. Dane-se a Ucrânia! Adeus, Gaza!
Comentário nosso – Os bolsonaristas estão animados “que só pinto em xerem”, com a vitória de Trump nos Estados Unidos. Como se Trump fosse obrigar o STF é anistiar Bolsonaro. Os americanos não mandam nem na Venezuela, onde um ditador “pinta e borda”, quanto mais aqui, Trump tem tanto abacaxi para descascar lá mesmo que jamais vai se preocupar com o fato dos bolsonaristas estarem conversando besteira por aqui. (LGLM)