(Misael Nóbrega de Sousa, jornalista, professor universitário e poeta, em 15/11/2024)
Bom dia, ouvintes. Parece que o noticiário anda com uma trilha sonora diferente – vocês ouviram esse boom? Pois é, explodiram mais uma bomba em nosso quintal. Será que estamos virando o Oriente Médio? Uma tentativa de golpe aqui, um ato violento ali… O ódio, esse, parece não dá trégua. A cena política se desintegra enquanto nós, de coração sangrando, assistimos ao Brasil perder a guerra.
O episódio parece um flashback: “Eu te amo, meu Brasil, eu te amo!” Na ditadura já houve isso. E lembram do Riocentro? Quase foi para o espaço naquele dia… e hoje é Brasília quem estremece, literalmente. O tempo passa, mas o modus operandi é o mesmo. Será que alguém ainda tem moral para pedir anistia? Anistia? Mas, espera aí… anistiar quem, exatamente? Quem tocou o terror, ou quem passou o endereço e disse “vai lá e faz”?
O show de horrores continua: a extrema direita segue batendo no peito e dizendo que ama o Brasil, que morreria pelo país, etc etc. Mas, qual é a razão? Até agora, o que vemos são espetáculos terroristas, a exemplo desse último ataque kamikaze à nossa soberania. A pergunta que fica no ar, é: será que esse não foi mais um atentado contra o que ainda nos resta de democracia?
A decisão é sua, querido ouvinte: você concorda? Discorda? Porque, no fim das contas, o que não dá mais é para ficar em cima do muro, esperando que o país se “exploda” sem que a gente ao menos grite, nem que seja um palavrão, contra essa violência infundada, desmedida e deslavada.