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(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, publicado no Notícias da Manhã, da Espinharas FM, em 11/12//2024.
O melhor repórter do jornalismo patoense nos últimos cinquenta anos, seguido de perto pelo indiscreto Adilton Dias, Damião se transformou num cuidadoso pesquisador de nossa história.
Se excedeu, como historiador, ao escrever a mais completa história de Patos, publicada no seu indispensável PATOS DE TODOS OS TEMPOS. Posteriormente, Damião se dedicou à pesquisa sobre um dos fatos mais impactantes da história recente de Patos que foi a morte, trinta e dois anos atrás, do nosso colega de rádio e vereador recém eleito de Patos, Paulo Ayres Porto.
Damião se debruçou sobre o processo judicial que tentou a apurar a morte de Paulo Porte, mas infelizmente terminou sem dar uma resposta cabal que a cidade e a região esperava, sobre quem realmente matou Paulo Porto.
Damião conheceu Paulo Porto de perto, conviveu com ele, nas atividades de rádio, e acompanhou de perto todos os acontecimentos de lá até hoje.
Seu livro PORTO MORTO está pronto, esperando ser publicado. Como se trata de um dos fatos históricos mais importantes da nossa história recente, merece ser dado ao lume, e para isso a Prefeitura de Patos, poderia apadrinhar o livro e dar condições para que Damião o publicasse. A Prefeitura publicou recentemente um edital abrindo “as inscrições para os ativistas culturais apresentarem projetos que receberão recursos da Política Nacional Aldir Blanc, um programa do Governo Federal, que tem a participação das prefeituras municipais na distribuição desses fomentos, que visam incentivar a promoção da cultura nos municípios’. Seria a oportunidade de Damiião inscrever um projeto para publicar o seu PORTO MORTO. Mas, não se sabe por que razões, a literatura não estava entre os objetos culturais beneficiados pelo programa local deste ano. Será por que acham que não há em Patos quem tenha condições de escrever um livro?
A morte de Paulo Porto ainda tem, trinta e dois anos depois, muitos pontos a esclarecer. Afinal, quem o matou? A mando de quem? Por que razão? Por que muitos fatos foram abafados? Por que muitos personagens, provavelmente envolvidos, desapareceram ou nunca foram identificados e ouvidos?
Juntamente com o colega Edleuson Franco, assim como muitos outros companheiros de imprensa que acompanharam o sepultamento de Paulo, estranhamos o espetáculo particular que determinada figura deu, durante o enterro, sem que nenhum laço de parentesco ou amizade tivesse com Paulo, mas que foi posteriormente beneficiada pela morte de Paulo.
Afinal o que tinha por trás da morte de Paulo? Foi crime político? Crime passional? Envolvia tráfico de drogas e Paulo foi mero queima de testemunha? Esta última foi uma das versões que alguém passou para o saudoso Virgilio Trindade e ele na época comentou conosco, sem dizer a sua fonte. Aliás esta versão justificava a suspeita de que Paulo fora morto por policiais, a serviço do interesse de algum superior metido em comércio suspeito, sendo Paulo uma mera testemunha a calar.
Na excelente entrevista que concedeu a Misael Nóbrega, no seu impedível jornalístico diário Notícias da Manhã, na Espinharas FM, Damião garantiu quem em seu livro não julga, nem culpa ninguém, apenas relata tudo que apurou, no processo judicial que julgou a questão e em todas as informaçoes que conseguiu colher nos últimos trinta e dois anos.
Que venha o livro e quem sabe se ele não traz indícios que possam levar, até que enfim, à descoberta da verdade.