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Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, publicado no Notícias da Manhã, da Espinharas FM, em 07/01//2025.
“ONG é a sigla para organização não governamental. Uma ONG é uma organização que não tem finalidades lucrativas e é formada com o objetivo de fazer trabalhos de auxílio social ou outras questões importantes para a sociedade.
As ONG’s atuam em todas as áreas ligadas às necessidades sociais que existam. São exemplos: educação, saúde, emprego, formação profissional, assistência social, busca por direitos políticos, questões ambientais e proteção aos direitos dos animais”.
Ou seja, a destinação das organizações sociais era boa e benéficas para a população, mas, como tem feito com outras ideias benéficas, o brasileiro tratou de desvirtuá-las, como tem sido o caso do seguro-desemprego, objeto de todo tipo de desvios, e do bolsa-família que passou a tirar o gosto pelo trabalho de muita gente, que passou a parasitar os cofres públicos.
Organizações sociais, por exemplo, assumiram a administração de hospitais, aqui mesmo na Paraíba, e serviram para desvios de bilhões de reais dos recursos públicos do Estado. O que tem acontecido frequentemente pelo país afora. Organização social que se denomina de não governamental por que dirigida por cidadãos comuns, mas ao invés de servirem à prestação de serviços sem fins lucrativos, terminou virando meio de vdia, comparável às antigas associações de proteção à maternidade e à infância que viraram meio de vida de muita gente.
Agora, no meio das muitas maracutaias que vêm sendo praticadas com as emendas parlamentares, ao examinar a destinação de muitas destas emendas a Controladoria Geral da União (CGU) descobriu que a maioria das ONGs beneficiadas pelas emendas não tiveram comprovação de como o dinheiro foi aplicado. Ou seja, o dinheiro foi desviado para quem eles bem quiseram e não se admirem se parte dele não tiver sido para o bolso do próprio deputado ou senador que direcionou a emenda.
Como tem muitas vagas nas prisões que podem ser ocupadas por estes “gravatudos”, com as investigações que certamente a Polícia Federal passará a fazer, se o dinheiro tiver sido mal aplicado muita gente talvez fique presa pelo menos até que resolva delatar o que fez do dinheiro, quem o orientou e quem terminou se beneficiando de parte do dinheiro.
Mas, antes de a PF entrar em ação, Flávio Dino determinou a suspensão de todas as emendas destinadas a ONGs, o que deve ter posto em polvorosa, tanto os dirigentes destas organizações, que talvez já tenham até assumido compromissos confiados no dinheiro que iam receber, como muiitos dos deputados e senadores que praticavam suas maracutaias através destas instituições.
Entidades de controle, como poder judiciário, ministério público, tribunais de contas e outras instituições governamentais estão tirando o sono de muita gente. De uma lado, os parlamentares que praticam maracutaias através de emendas parlamentares, de outros prefeitos e entidades a que se direcionam estas emendas parlamentares e que terminam participando de uma maneira ou de outras destas maracutaias.
E vai haver o caso de muitas famílias que vão perder noites de sono ou usar calmantes. Já imaginou o caso de um parlamentar que destinou suas emendas para parentes seus ou para “ongs” dirigidas por parentes seus, mas mais do que beneficar a população do seu reduto eleitoral está beneficiando os seus parentes e de sobra ainda destinando um pouquinho para si, o que se torna mais fácil por tudo ficar entre famíliares?