(MARCELO VIEIRA DE NEGREIROS, no Blogdonegreiros.com.br com informações de W. S. Com, em 14/01/2025)
A cidade de Patos, no Sertão da Paraíba, figura entre os destaques no cenário de recursos bloqueados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Com uma indicação de R$ 18,3 milhões em emendas parlamentares, Patos integra o grupo de municípios que seriam beneficiados por esses recursos, mas tiveram os valores suspensos por decisão do ministro Flávio Dino. A medida ocorre em meio à falta de transparência identificada na destinação de quase R$ 7 bilhões em emendas, que seriam distribuídas entre a Câmara dos Deputados (R$ 4,2 bilhões) e o Senado (R$ 2,7 bilhões).
No topo do ranking nacional, Monte Horebe, também no Sertão da Paraíba, lidera em valores per capita. Com apenas 4.508 habitantes, o município receberia R$ 11,5 milhões, o equivalente a R$ 2,6 mil por pessoa. Em seguida, Alcantil, com 5.578 habitantes, receberia R$ 7,6 milhões (R$ 1,3 mil por habitante).
A decisão do STF abrange diversos projetos, incluindo R$ 41,35 milhões destinados à construção de 41 campos de futebol em 37 cidades do Brasil. Na Paraíba, R$ 8,7 milhões seriam investidos em oito campos sintéticos, além de recursos para clubes esportivos como a Associação Atlética Unifacisa, de Campina Grande, e o Mixto Esporte Clube, de João Pessoa.
Flávio Dino destacou que a suspensão das emendas foi necessária devido à ausência de critérios claros e objetivos para sua distribuição. A medida reacendeu o debate sobre prioridades orçamentárias, especialmente em municípios pequenos e médios como Patos, que, com sua importância estratégica no Sertão da Paraíba, esperava aplicar os recursos em projetos de infraestrutura e desenvolvimento local.
Além de Patos, outras cidades da Paraíba, como Sumé, com R$ 10 milhões indicados, também foram impactadas pela suspensão, evidenciando a relevância do estado na destinação dessas emendas.
Comentário nosso – É uma pena que estes recursos tenham sido bloqueados. Mas certamente eles serão liberados, quando forem prestadas as informações que dêem transparência à origem e destinação destas verbas, pois a suspeita é que nem todo o dinheiro seria aplicado em obras e benefícios para a população, senão não haveria tanto interesse em esconder estas informações. (LGLM)