Congresso adia votação do Orçamento de 2025 e busca acordo com o STF sobre emendas (confira comentário nosso)

By | 06/02/2025 9:55 am

(Blog do Negreiros, em 06/02/2025)

A votação do Orçamento de 2025 pelo Congresso Nacional ficará em espera até que os novos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), dialoguem com o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o impasse envolvendo as emendas parlamentares.

Segundo líderes do Centrão, aprovar o orçamento sem um acordo com a Corte seria como fazer um “voo no escuro sem GPS”. O objetivo do Legislativo é garantir um compromisso do STF sobre a destinação das verbas, evitando novas decisões que limitem sua execução.

A votação do Orçamento é considerada a prioridade máxima do governo federal neste início de ano. O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, afirmou que o Planalto trabalha para garantir a aprovação da peça orçamentária o quanto antes. Paralelamente, o Ministério da Fazenda, liderado por Fernando Haddad, avalia ajustes no texto enviado ao Legislativo em 2024.

Reuniões e negociações

Na próxima semana, Motta e Alcolumbre devem se reunir com o relator do Orçamento de 2025, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), e com o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Julio Arcoverde (PP-PI), para discutir os próximos passos. Depois desse encontro, a expectativa é que haja uma reunião com o STF para tentar destravar a tramitação.

A votação deveria ter ocorrido em dezembro, mas foi adiada devido ao impasse sobre as emendas parlamentares.

O embate entre Congresso e STF

O problema das emendas parlamentares começou em agosto de 2024, quando o ministro Flávio Dino, do STF, suspendeu os pagamentos e determinou mais transparência no repasse dos recursos. O Congresso chegou a aprovar um projeto de lei com novas regras, mas a proposta também foi contestada por Dino.

As emendas de comissão, controladas pela cúpula do Legislativo, substituíram o orçamento secreto, declarado inconstitucional pelo STF. Nos últimos anos, o Congresso aumentou seu controle sobre essas verbas, reduzindo o poder de decisão do Executivo.

Agora, deputados e senadores tentam garantir que as emendas possam ser executadas sem novas interferências da Suprema Corte, destravando a votação do Orçamento de 2025.

Comentario nosso – As emendas parlamentares são “a galinha dos ovos de ouro” dos parlamentares desde que foram inventadas. Ao destiná-las aos seus redutos eleitorais, eles “matam dois coelhos de uma cacetada só”. Garantem votos para as próximas eleições e, quase todos eles, cobram uma parte do dinheiro liberado a título de comissão. Só que não estão mais se contentando com os dez por cento de sempre e agora querem levar a maior parte do dinheiro, por isso, não querem que se saiba que mandou as emendas, para quem o dinheiro foi mandato e em que o dinheiro foi usado, para facilitar a roubalheira. Sem estas informações ficam dificil fiscalizar a origem e a destinação do dinheiro e, por conta disso, não tem um parlamentar pobre e eles vêm se perpetuando nos mandatos. Com o dinheiro das emendas, compra um novo mandato e está fechado o circulo vicioso. Por isso essa briga toda pelas emendas parlamentares. Não é pelo bem que as emendas vão fazer no seu destino, mas pela parte que toca aos deputados e senadores, em sua quase totalidade. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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