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(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista, advogado e aposentado, em 21/02/2025)
”Após quatro décadas dedicadas à magistratura, a desembargadora Maria das Graças Morais Guedes encerrou sua trajetória no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). Em sessão solene realizada nesta quarta-feira (19), magistrados e servidores prestaram homenagens à jurista, que emocionada expressou sua gratidão pelo percurso profissional.”
Dra. Graça é natural de São Mamede, onde fez o curso primário no Grupo Escolar Seráfico da Nóbrega e o ginasial no Colégio Marcos Barbosa, tendo vindo fazer o curso normal, na Escola Normal Estadual de Patos onde se formou como professora, período em que residiu em casa de uma de suas tias. Como essa tia morava por trás da Igreja de São Sebastião, ela passou a ser frequentadora daquela igreja e terminou sendo por vários anos secretária da Paróquia de São Sebastião. Em parte desse período a paróquia teve como vígário o Monsenhor Valdomiro que a incentivou a continuar os estudos se submetendo ao vestibular de Direito, na UFPB. Terminou o curso jurídico em 1979, tendo, cinco anos depois, em 1984 sido aprovada num concurso para juíza de Direito. Foi nomeada inicialmente para a comarca de primeira entrância de Juazeirinho, periodo em que assumiu temporariamente nas comarcas de Soledade e Pocinhos. Posteriormente foi promovida para a comarca de segunda entrância de Patos, tendo posteriormente sido promovida para as comarcas de terceira entrância de Campina Grande e João Pessoa. Em 2012, foi promovida a desembargadora do Tribunal de Justiça da Paraíba, sendo a terceira mulher a assumir o cargo no nosso tribunal.,,
“Durante sua carreira, ocupou cargos de destaque, como presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB) entre 2016 e 2018 e vice-presidente do TJPB nas gestões dos desembargadores Saulo Benevides e João Benedito da Silva. Também foi diretora da Escola Superior da Magistratura (Esma) em 2017 e coautora do livro “História da Comarca de Patos”.
Nascida em 8 de março de 1950, filha de Amaro Bento de Morais e Severina Lucena de Morais, tendo como irmãos Marluce, Marlene, Aparecida, Lúcia, Marcos (in memoriam), Sebastião (in memoriam), Mário, Venâncio (in memoriam), Kennedy e Sandro. Casada com Justiniano Guedes, são pais da advogada Anna Flávia de Morais Guedes, que já lhes deu netos.
Durante o período em que advogamos em Patos, de 1989 a 1994, tivemos a oportunidade de participar de várias audiências e juris presididos por ela, quando tomamos conhecimento da sua simplicidade, da cordialidade, para com as partes, advogados e promotores, apesar da seriedade com que exercia a sua função. Não se pejava de orientar aqueles menos experientes e justificar as decisões tomadas e as sentenças proferidas.
Por conta da sua convivência em Patos na adolescência e juventude e depois como juíza da comarca, Dra. Graça fez muitas amizades na cidade de Patos, onde é muito querida. Vários desembargadores do Tribunal de Justiça passaram, pela cidade de Patos, tendo apenas um deles nascido em Patos, caso de Orlando Jansen, nascido na rua do Prado, segundo o historiador Damião Lucena. Há também o caso do desembargador Osmundo Wanderley, também filho de Patos, que foi desembargador no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Dra. Graça, apesar de natural de São Mamede, tem profundos laços com a cidade de Patos, cidade que lhe quer muito bem.
Daqui os nossos parabéns para ela pela conclusão tão exitosa de sua missão, depois de quarenta anos na magistratura estadual. E seja bencida à nossa terra, para gozar a merecida aposentadoria.