Associação Comercial e Industrial de Patos
Sindicato do Comércio Varejista de Patos
Câmara de Dirigentes Lojistas de Patos
Nota de Pesar
As entidades representativas das classes produtoras de Patos, comunicam com pesar o falecimento do companheiro empresário Francisco José Leite (Chico Leite), ocorrido na tarde desta segunda-feira, no Hospital das Clínicas de Campina Grande, onde se encontrava internado, ao ponto em que convidam para o velório a se realizar no auditório da Associação Comercial e Industrial de Patos, entidade por ele presidida de 1988 a 1991 e de 1997 a 2003, a partir das 8h desta terça-feira, 11/03/2025, de onde o féretro sairá às 16h, para o sepultamento no Cemitério São Miguel.
Baseados na biografia do distinto, ponto de grande referência para o desenvolvimento de Patos, rendemos nossas homenagens, confiantes de que, pelo que representou na terra, será acolhido ao lado de Deus, nos altos dos céus.
Ebivaldo Gonçalves Brito, José de Sales Martins e Oton Ferreira da Silva
Presidentes
Francisco José Leite nasceu em São José do Egito – Pernambuco, no dia 21 de julho de 1941. Filho de José Ferreira Leite e Ana Benvinda Leite ajudou aos pais, na agricultura de subsistência, até os 11 anos de idade, quando passou a trabalhar em um pequeno comércio de propriedade do irmão mais velho. Pouco tempo depois, pela experiência adquirida, assumiu o seu próprio negócio, como camelô de cereais, fazendo as feiras da região do Pajeú. Em 1957, veio residir em Patos na companhia do irmão Agostinho e, mais tarde, com os pais e os manos: Otávio, Luiz e Maria, deixando a terra natal e trazendo consigo um boi manso e uma carroça, utilizado no abastecimento d’água, primeira tentativa de conquistar a independência financeira, já que o município não possuía água encanada. A primeira viagem ao açude do Jatobá não surtiu efeito. A água transportada não atraiu comprador por conta da grande concorrência e falta de conhecimento com os habitantes da freguesia. Aos 16 anos de idade, abriu uma mercearia em sociedade com Gerson Nóbrega, na rua Irineu Jorffily, no bairro Santo Antônio. Mais tarde, trabalhou na Farmácia Nossa Senhora da Guia, pertencente a Antônio Rafael de Sousa, permanecendo no ramo até 1960, sedo que nos últimos meses de atuação a referida empresa já fazia parte do patrimônio de Severino Clemente de Sousa. Ao ser convidado pelo amigo José Conrado da Silva passou a trabalhar na filiar da firma M. Lira Braga, distribuidora de autopeças, inicialmente como balconista, no segundo ano assumiu a gerência, no terceiro transformou-se em sócio e no quarto ano comprou a estrutura e a transformou em Auto Peças Patoense Ltda, onde deu seu maior impulso na classe empresarial, tendo como sócia a esposa Maria Eunice de Araújo Leite, natural de Taperoá, com quem casou em 1963, tendo como filho o jovem Maviael.
Paralelo às atividades profissionais, Chico Leite, como é mais conhecido, desenvolvia os seus estudos e, após concluir o Técnico em Contabilidade, vendeu a loja e se transferiu, em 1970, para João Pessoa, onde instalou um escritório na rua Duque de Caxias e abriu nova loja de acessórios para veículos. Em visita a Patos, na época do vestibular da Fundação Francisco Mascarenhas, ele foi convidado pelo reitor José Gomes a participar das provas. Os documentos necessários para a inscrição haviam ficado na capital, mas a reitoria estendeu a exigência para após o teste, caso fosse aprovado. Em 1972, ingressou no curso de Economia e passou a lecionar no Colégio Comercial Roberto Simonsen, além de instalar o seu escritório de contabilidade na capital do sertão da Paraíba.
Convidado pelo empresário Clemente para a criação de uma fábrica de doces, em 1973, Chico Leite passou a ser sócio da Indústria Cleite, tendo que abandonar a sala de aula e extinguir o escritório. Em 05 de agosto de 1976, fundou a sua própria empresa Verdes Mares, situada na BR 230, KM 327, e a manteve, por décadas, baseado em três princípios: 1 – Não ser empregado por muito tempo; 2 – Começar de baixo para cima; 3 – A proporção que o negócio for crescendo, procurar aperfeiçoar o nível de conhecimento. Na década de 80, Chico Leite fundou a Associação das Indústrias de Doces da Paraíba e como presidente da entidade batalhou para a formação de uma cooperativa, com o objetivo de baratear os custos da matéria-prima e, consequentemente, proporcionar melhores preços ao consumidor final. A ASSINDEP, teve sua fundação aprovada pela Assembleia Geral de Constituição, em 30 de outubro de 1983, com estatutos publicados no Diário Oficial, edição de 22/03/1984, em sua página de nº 4. Na função de dirigente, participou de vários encontros com as secretarias de Planejamento, Indústria e Comércio do Estado da Paraíba, Superintendência da SUNAB, Pesos e Medidas.
Em 24 de maio de 1995, o prefeito Antônio Ivânio Ramalho de Lacerda sancionou a Lei Municipal 2.155, concedendo a Francisco José Leite o título honorífico de Cidadão Patoense. No ano 2000, por força da Lei 2.961 recebe, da Câmara Municipal, a Medalha Otacílio Queiroz.
Encerrada a atividade comercial, Francisco José Leite foi convidado pelo governo municipal e passou a prestar serviços na biblioteca, rememorando os tempos de educador. Teve uma participação ativa no Rotary Clube de Patos Norte, do qual foi presidente e assumiu várias funções no seu Conselho Diretor, além de ter ocupado a governadoria na área 13. Foi sócio patrimonial da CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas e do Comercial Campestre Clube, membro fundador do GIAASP – Grupo Independente de Análise e Ação Social e Política de Patos, Companheiro das Américas, estagiário do 1º e 2º Ciclos de Estudos de Política e Estratégica (CEPE), da ADESG – Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra; membro da Maçonaria, além de integrar vários outros segmentos sociais de Patos.