Segundo Gustavo Loyola, para manter a popularidade, governo não só torna política monetária menos eficaz e efetiva como também mantém os juros mais altos pela questão da piora do prêmio de risco do País

Para o ex-presidente do Banco Central e sócio da Tendências Consultoria Integrada Gustavo Loyola, a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre de 2024 já reflete, ainda que de forma incipiente, o impacto do ciclo de alta da taxa Selic iniciado em setembro. Por outro lado, de acordo com ele, as medidas que o governo acaba de anunciar podem levar a um pouco de perda de eficácia da política monetária.
“O governo está no modo eleitoreiro, continua dando tiros no próprio pé”, disse o ex-BC ao se referir a ações como a liberação de recursos do FGTS para trabalhadores que foram demitidos e haviam optado pela modalidade saque-aniversário.
Indiretamente, de acordo com Loyola, essa e outras medidas vão acabar por afetar a credibilidade do esforço do Ministério da Fazenda para equilibrar as contas públicas.