Após mais de 20 anos, prédio em frente à Catedral tem obras reiniciadas e vai sediar um moderno hotel no centro de Patos

By | 29/05/2025 1:52 pm

(Jozivan Antero, no Polêmica Patos, em 28/05/2025)

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Em 2023, após mais de 20 anos com obras abandonadas, o prédio localizado em frente à Igreja Catedral de Nossa Senhora da Guia, na Avenida Solon de Lucena, teve reinício de sua construção no centro da cidade de Patos.

Na manhã desta quarta-feira, dia 28 de maio, a reportagem do Polêmica entrevistou Raiff Ribeiro, gerente do Hotel Mundial e responsável pelas obras de construção do prédio onde funciona no térreo a Ótica Diniz. Raiffe deu detalhes do andamento da construção e respondeu algumas perguntas.

Conforme dito pelo encarregado das obras, o prédio vai dar espaço a um hotel com 42 quartos, refeitório, escritório e outros locais distribuídos em seus sete andares. O empreendimento pertence à família do médico oftalmologista Dr. Valcelon Carvalho.

A obra está em andamento e Raiff comentou que o material de construção está sendo otimizado para evitar transtornos nas proximidades do prédio. Todas às vezes que o material de construção chega para atender a demanda, logo os trabalhadores transportam para dentro do prédio para evitar problemas.

A arquiteta Nathália Oliveira desenvolveu o projeto externo e interno do prédio.

Comentário nosso – Este prédio fez história em Patos, por vários motivos. Há uns vinte e cinco anos, na condição de fiscal do trabalho, abrimos fiscalização em dez prédios em construção na cidade de Patos. Dos dez apenas três estavam com a documentação em dia. Os outros não tinham nem o alvará da prefeitura de Patos. O então Secretário de Infra-estrutura do município encontrou-se comigo e agradeceu pois sete dos proprietários deles tinham ido tirar o alvará de construção, apesar das construções estarem muito adiantadas. E vários deles tinham histórias interessantes. Em um deles, o pretenso proprietário não tinha nem a escritura do terreno, apenas uma procuração do vendedor de um direito de herança. Noutro, o pretenso construtor era um comerciário que ganhava apenas salário mínimo, mas o proprietário era um irmão dele. Outro, de vários andares, o pretenso proprietário era uma pensionista, mãe do verdadeiro dono, que ganhava apenas um salário mínimo. Nesses dois últimos casos levantou-se a suspeita de que fossem casos de lavagem de dinheiro.  E o pior é que em alguns dos casos, os proprietários alegavam que não haviam ainda regularizado a construção, por que funcionários da prefeitura queriam “comer propina” para conceder o alvará de construção. Questão que foi levantada posteriormente quando da construção do Shopping Patos, quando a construtora teria alegado que teve que recorrer à Justiça para conseguir o alvará, pois não concordava em pagar a propina que lhe exigiam. Como estamos aposentados há quase cinco anos, não sabemos se houve progresso nesta questão de construções irregulares, principalmente porque as fiscalizações rarearam, desde então. Em fiscalizações posteriores àquelas irregulares, de que falamos acima, constatamos uma melhora muito grande, inclusive de parte de empresas flagradas em irregularidades anteriores. Mas a falta de fiscalização pode ter provocado um posterior relaxamento. Que me perdoem os leitores por contarmos o milagres e não dizermos quem fora os “santos”. (LGLM)

Category: Blog

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde 09 de março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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