No JN, Marina tenta explicar a “nova política”

By | 28/08/2014 1:03 pm

(Uol Online, na quarta)

1. Marina: “É difícil ser profeta em sua própria terra”

A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, foi entrevistada nesta quarta-feira (27) pelo Jornal Nacional, em mais uma entrevista da série que o jornal faz com os presidenciáveis. A ex-ministra teve 15 minutos para responder sobre alianças políticas, o uso da aeronave de Eduardo Campos e explicar o que ela considera como “nova política”.

A primeira pergunta foi sobre o avião que Eduardo Campos usava quando sofreu o acidente no dia 13 de agosto. Denúncias indicam que a aeronave podia estar irregular, mas Marina disse que o avião estava em situação legal. Segundo ela, a aeronave foi cedida como forma de empréstimo e o acerto de contas estava programado para o final da campanha, quando os candidatos saberiam o total de horas de voo.

Marina também respondeu sobre sua atuação no seu Estado natal, o Acre, onde ela teve um desempenho fraco nas eleições de 2010. A candidata procurou ressaltar sua história de vida, lembrando que atuou com o líder seringueiro Chico Mendes, e justificou sua votação no Acre com um ditado popular. “É difícil ser profeta em sua própria terra”, disse.

A candidata também foi questionada sobre o que diz ser “nova política”, em contradição com a “velha política”. O jornalista Willian Bonner perguntou se a sua aliança com o PSB e com Beto Albuquerque, com quem Marina tem divergências em temas importantes, como na questão dos transgênicos ou da pesquisa de células-tronco, não tinha sido feita só para acomodar sua candidatura, em um exemplo de “velha política”. Marina negou a tese, e aproveitou para tentar mostrar que consegue dialogar com setores diferentes – a candidata tenta se desfazer da imagem de ambientalista radical.

2. Tensão pós-Ibope para Dilma e Aécio

A pesquisa Ibope de terça-feira teve o mesmo efeito sobre as campanhas de Dilma e Aécio: tensão. Segundo o Painel da Folha de S. Paulo, os petistas entraram em alerta após os números, que pela primeira vez indicam a possibilidade de Dilma perder a eleição. Os tucanos correm o risco de um fiasco histórico, já que desde 1994 o PSDB sempre disputou o segundo turno.

Outra pesquisa, publicada nesta quarta pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostra quadro semelhante ao do Ibope. Nesse levantamento, Dilma aparece com 34,2%, Marina com 28,2% e Aécio com 16%. A pesquisa também questionou os eleitores sobre o horário eleitoral, como mostra a Gazeta do Povo, e identificou um quadro curioso: apenas 2% dos entrevistados disseram que a propaganda mudou sua decisão de voto, enquanto 40% dos entrevistados afirmaram que o horário eleitoral serviu apenas para reforçar a decisão de voto que já tinham.

Comentário do programa – Marina começa a incomodar a Rede Globo e os interesses que estão por trás dela. Eles não darão “refresco” a Marina. O que puderem fazer para atrapalhar a sua candidatura eles farão. O desempenho de Marina é interessante para eles enquanto ameaça Dilma com o segundo turno. Mas o concorrente ideal para eles é Aécio e não Marina. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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