Domingo tem eleição.

By | 27/09/2014 11:59 pm

(Da redação)

Domingo tem eleição e, como de praxe, não tem programa. Vou me deslocar até Patos, juntamente com Arlene, para cumprirmos o nosso dever cívico de tentar escolher o melhor para Patos, para a Paraíba e para o Brasil. Cada um de nós eleitor vai votar para cinco cargos. Presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Dois cargos executivos e três cargos legislativos. Os dois cargos executivos e o de senador são majoritários, ou seja, é eleito quem tiver mais votos. Para deputado federal e deputado estadual a eleição é majoritária, nem sempre os mais votados conseguem se eleger. Vai depender da coligação de cada um. Cada coligação vai precisar de cerca de 190 mil votos para eleger um deputado federal e uns 63 mil para eleger um deputado estadual. Com base nesses dados se divide a quantidade de votos obtidos por uma coligação por 190 mil para saber quantos deputados federais ela pode eleger e por 63.000 para obter a quantidade de deputados estaduais. As sobras dessa divisão podem levar à eleição de mais um ou até mais deputados além dos garantidos pela primeira divisão. Um deputado, por exemplo pode ter cem mil votos e não conseguir se eleger para deputado federal e noutra coligação um candidato se eleger com menos voto do que ele aproveitando as sobras dos mais votados. A coligação Vontade do Povo I composta por PSDB / PEN / PR / PTB / PSD / SD / PMN / PPS / PT do B / PTN / PRB / PSDC / PSC / PP, vinculada ao candidato Cássio Cunha Lima vai juntar seus votos para eleger deputados federais, enquanto a coligação à Força do Trabalho I, composta por PSB / DEM / PRTB / PDT / PRP / PV / PT / PSL / PC do B / PHS / PPL ligada a Ricardo Coutinho, vai reunir os votos dos seus candidatos para eleger os seus deputados. A coligação Renovando de Verdade tem apenas o PMDB o que vai exigir muitos votos dos seus puxadores de voto: Veneziano, Hugo Motta e Manoel Júnior.   E pode dificultar a vida do terceiro mais votado, se o partido só conseguir preencher duas vagas, como muitos prognosticam. A fragilidade do seu candidato a governador pode provocar isso, se bem que muitos dos peemedebistas hoje vistam a camisa de Cássio e até de Ricardo, justamente numa tentativa de impedir o enterro do partido. As coligações ligadas a Cássio e Ricardo que, além de reunir maior número de candidatos, tem também palanques altamente competitivos têm campanhas facilitadas por esses dois fatos. Isto em grande parte é responsável pelo “samba de crioulo doido” em que se tornou esta eleição. Candidatos do PMDB são vistos em carreatas de Cássio e de Ricardo, de acordo com os prefeitos das cidades percorridas, quando estes prefeitos apoiam determinados candidatos peemedebistas. Estes podem até votar em Vitalzinho, mas querem aparecer junto aos prefeitos que os apoiam, mesmo que estes votem em candidatos a governador de outros partidos.

Para senador a campanha parece estar definida, mesmo as pesquisas que por aqui se publicam não merecendo muita confiança. Não podemos esquecer que na última campanha a governador, até a véspera das eleições, Zé Maranhão era dado como favorito, dando um banho em Ricardo Coutinho. Maranhão é hoje favorito disparado, se as pesquisas não o estiverem enganando. E é pivô de outras estripulias políticas. Candidatos a deputado dos mais diversos partidos têm declarado apoio a ele, mesmo que os seus próprios partidos tenham candidatos a senador. As desculpas são as mais diversas, mas não se pode perder de vista que Maranhão é o mais rico dos nossos políticos, com capacidade de ajudar com a estrutura de campanha a qualquer candidato.

A eleição para governador parece ser das mais disputadas em passado recente. Duas pesquisas devem ser divulgadas esta semana, embora tenhamos com relação a elas as restrições de sempre. São dois institutos sem muita tradição entre nós: o 6 Sigma (uma empresa de Campina Grande) e o IPESPE, este último com pesquisas suspensas pelo TRE. Podem ser um termômetro da eleição ou as derradeiras tentativas de influir no eleitor indeciso ou pouco firme, o que não deu muito certo nas últimas eleições.

Para presidente da República a Paraíba deve dar vitória a Dilma, o que não é novidade devido ao eleitorado do bolsa-família. O eleitorado mais independente se divide entre Aécio e Marina. Em âmbito nacional, Dilma aumentou a vantagem sobre Marina nas pesquisas de primeiro turno e aparece na dianteira na simulação de segundo turno.

Para deputado federal, o eleitorado da região deve se concentrar nos candidatos da terra, o que é mais lógico. Se um deputado da terra não trabalhar pelos seus conterrâneos um estranho dificilmente o fará. Hugo deve ser mais votado e Zé Lacerda (da região e do partido do governador) disputará uma segunda posição com  Pedro Cunha Lima, apoiado pelo grupo Dinaldo Wanderley. Outros candidatos disputarão o que sobrar dos três. Até o ex-vereador Assis que dar suas beliscadas.

Para deputado estadual a maioria dos votos deve ir para dois candidatos da terra, Naborzinho e Dinaldinho. Outros candidatos com vínculos com Patos também receberão seu quinhão de votos entre nós, principalmente Monaci, Mineral e Aracilba Rocha, além  de Silvano Morais.

Não faltarão votos para candidatos de outras regiões, advindos de eleitores de colônias em cidades adjacentes. Sempre houve aqui votos para candidatos votados no Vale do Piancó, Vale do Sabugi e Serra de Teixeira, geralmente dados por eleitores oriundos daquelas regiões.

O que deve orientar o eleitor de modo geral é escolher aqueles cuja história garanta um trabalho que beneficie a nossa a região. Para presidente, um candidato que garante as nossas conquistas econômicas e sociais. Para governador quem tenha serviços a mostrar ou benefícios prestados à região, para senador e deputados quem tenha uma história de serviços prestados ou uma história pessoal de dedicação ao povo da região.

De todos eles, examinemos o que é que o candidato já fez ou se, não teve ainda oportunidade, o que ele será capaz de fazer pela nossa região.

Nunca esquecer que você tem um momento para votar e quatro anos para se arrepender se não tiver escolhido o candidato certo. (LGLM)

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Category: Opinião

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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