Polícia Militar dá voz de prisão a médico do SAMU após negativa de ambulância na cidade de Patos (*)

By | 09/11/2014 12:10 am

(Jozivan Antero, no Patos Online)

O caso de negativa de ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) que foi solicitada pela Polícia Militar na noite desta sexta-feira, dia 07, por volta das 01h00, levou a própria polícia a dar voz de prisão ao médico plantonista do serviço após morte da vítima para a qual estava sendo solicitado o socorro.

O caso aconteceu no Bairro Matadouro, em Patos, quando a senhora Maria do Socorro Paulo de Figueiredo, idade não revelada, passou mal por causa ainda não revelada. Os familiares ligaram para o 192 (SAMU), mas o médico se recusou a enviar uma equipe do serviço. Os familiares em desespero ligaram para a Polícia Militar em busca de ajuda. A própria polícia solicitou ajuda do SAMU, mas também teve o socorro negado.

A Polícia Militar se deslocou até o Bairro Matadouro e mais uma vez solicitou ajuda do SAMU e novamente teve a negativa. Então a guarnição da PM solicitou ajuda do 4º Batalhão do Bombeiro Militar (4º BBM), porém já era tarde. Alguns minutos depois a mulher veio a óbito.

Diante do caso, a Polícia Militar através do Coordenador de Polícia da Unidade (CPU), Tenente Cascudo, se deslocou até o SAMU e deu voz de prisão ao médico plantonista-regulador. O médico foi encaminhado a Delegacia de Polícia Civil (DPC) pela guarnição e o fato vai ser apurado.

Em contato com o coordenador do SAMU, Anderson Sóstenes, a reportagem foi informada que o médico será afastado do serviço até a apuração do caso. Anderson relatou que será aberta uma investigação sobre o caso e o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM/PB) será acionado para acompanhar o caso.

Comentário do programa – O problema é dos mais sensíveis. Muita gente abusa do serviço, seja dando trotes seja solicitando ambulâncias em problemas de baixa complexidade que não justificam a utilização de ambulâncias. Diante disso, o plantonista tem que ter todo cuidado antes de liberar uma ambulância pois ela pode vir a fazer falta para um chamado de mais urgência. Por isso é importante que o solicitante forneça ao telefone todas as informações que justifiquem a liberação do veículo. É lamentável que a decisão do plantonista tenha terminado em óbito da paciente, por isso se torna mais importante a apuração dos fatos. O serviço tem certamente uma gravação de todas as chamadas o que possibilitará à comissão a quem toque apurar o caso, avaliar se o médico plantonista incorreu em delito por negativa de atendimento médico ou retardamento, de que teria decorrido morte da paciente. Num caso desses a gente vê como é importante todo cuidado na solicitação de atendimento pelo SAMU. As informações que são dadas sobre o estado de saúde do paciente são de suma importância para a regulação, evitando-se pedir uma ambulância por qualquer fato irrelevante. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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