Líder do PMDB diz que sua candidatura é irreversível (*)

By | 15/11/2014 6:42 pm

(Folha, na quinta)

Numa tentativa de barrar a ofensiva do Planalto contra sua campanha pelo comando da Câmara em 2015, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), afirmou nesta quarta-feira que sua candidatura é “real” e “irremovível”.

A declaração é um recado direto ao governo que tem procurado aliados para tentar desidratar a candidatura do peemedebista, que não conta com aval palaciano.

Com a fala, Cunha tenta assegurar que as legendas com quem tem conversado declarem apoio oficial a seu nome. Até agora, apenas o Solidariedade acertou embarque na campanha. Ele negocia ainda com PR, PSC e PTB, além de partidos nanicos, dentro da estratégia de isolar o PT.

O peemedebista planeja formalizar sua campanha em 2 de dezembro, a 60 dias da eleição do comando da Casa.

“Como tenho sentido nas minhas conversas com outros partidos que há uma cobrança sempre se a minha candidatura ficará e persistirá até o último momento, a partir deste momento, minha candidatura é irremovível”, disse Cunha. “A minha candidatura será levada ao plenário em qualquer circunstância.”

O receio dos peemedebistas e de parte dos aliados é que o governo consiga usar a reforma ministerial do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff para esvaziar a candidatura de Cunha.

Uma ala do partido atuou nesta quarta para cobrar empenho do vice-presidente, Michel Temer, que também é presidente do PMDB, a favor de Cunha. Num café da manhã para discutir a relação com a ala considerada rebelde da bancada da Câmara, o vice ouviu cobranças pela defesa do nome do líder.

“O apoio à candidatura de Eduardo é questão pacífica na bancada e queremos um posicionamento do partido. Estamos construindo uma candidatura harmônica do Parlamento com o Executivo. Não significa uma candidatura de oposição, mas também que não possa cumprir o papel constitucional do Congresso”, disse o deputado Leonardo Picciani (RJ).

Temer aproveitou o encontro com os deputados que não apoiaram a reeleição de Dilma para reclamar de declarações duras contra ele. Nos bastidores, peemedebistas afirmam que o vice tenta contornar desgastes provocados durante a disputa para permanecer no comando do partido.

Para neutralizar o desentendimento com o governo, o vice acertou com Cunha que sua campanha precisa evitar o viés oposicionista. Ele afirmou que a eventual eleição do deputado não traria problemas ao governo.

Em resposta ao PMDB, o PT pode começar a discutir nesta quinta um nome para a disputa pela presidência da Câmara. Os ex-presidentes da Casa Arlindo Chinaglia (SP) e Marco Maia (RS) são cotados. A ideia da equipe de Dilma é formar um bloco para se contrapor Cunha reunindo PP, PSD, Pros e PDT.

Comentário do programa – O PT vai fazer de tudo para impedir a eleição de Eduardo Cunha, pois sabem que ele será um “osso duro de roer” se conseguir ganhar a Mesa da Câmara. (LGLM)

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Category: Destaques

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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