(Folha da sexta)
Em reunião da Executiva Nacional em Brasília nesta quinta-feira (27), o PSB anunciou que membros do partido estão proibidos de assumir cargos no governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, diz que a resolução prevê uma posição de “independência propositiva” da sigla em relação ao governo: “Não vamos apoiar, nem fazer oposição sistemática. Teremos liberdade e autonomia para examinar os projetos e orientar nossa bancada”, diz.
O documento aprovado não prevê punições para os filiados que ocuparem cargos. As situações serão avaliadas caso a caso. O estatuto prevê sanções que vão de advertência à expulsão.
Siqueira contemporiza: “Temos um histórico de resolver as coisas pelo diálogo. Não acredito que teremos problemas de indisciplina”.
A decisão reforça o afastamento do PSB em relação ao PT. Eles foram aliados nos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e na maior parte da gestão da presidente Dilma.
Os pessebistas entregaram os cargos federais em outubro de 2013 para lançar Eduardo Campos, então governador de Pernambuco, à Presidência da República.
A decisão da Executiva impede uma maior aproximação entre o governo federal e os diretórios estaduais do PSB que apoiaram Dilma: Acre, Amapá, Bahia e Paraíba.
A medida também vai atingir diretórios que apoiaram Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da corrida presidencial, mas que têm relação próxima com o PT local –como o diretório de Sergipe.