22 anos sem Paulo Porto. Um crime que abalou Patos (*)

By | 13/12/2014 9:26 pm

13 de dezembro de 2014

Entre os bárbaros assassinatos registrados na cidade de Patos, talvez nenhum tenha revoltado tanto a população pelo alto grau de brutalidade, como aquele que vitimou o radialista Paulo Ayres Porto.

Tratava-se de um deficiente físico, eficiente profissional da comunicação e, como resultado do seu trabalho coerente, recém escolhido para representar o povo no Poder Legislativo Municipal.

Paulo Ayres Porto, 34 anos, radialista e vereador eleito, filho de Manoel de Morais Porto e Severina Ayres Porto, foi visto pela última vez na noite do dia 07 de dezembro de 1992, em companhia da empresária Alba Liene Pereira Viana, viúva, 26 anos, segundo informações, se destinavam a uma seresta no município de São Mamede, conduzidos em uma pick-up Ford Pampa, cujo veículo seria encontrado no dia seguinte, abandonado no município de Quixaba, que fica localizado a oito quilômetros de Patos.

Após uma caça patrocinada pela polícia e amigos do radialista, os dois corpos foram encontrados, por volta das 16:00 horas do dia seguinte, em uma vala próxima ao Aeroporto Brigadeiro Firmino Ayres, amarrados com as mãos para trás, as cabeças esmagadas por golpes de pedras e paus.

O mais intrigante é que o fato acontecera bem perto de um dos postos da Operação Manzuá. Aliás, os PM’s de plantão informaram que o carro havia passado na estrada, conduzindo apenas as duas futuras vítimas.

Cerca de 10 mil pessoas compareceram ao velório e sepultamento de Paulo Porto, cujo corpo fora conduzido ao Cemitério de São Miguel em uma viatura dos Bombeiros e sepultado por volta de 11:00 horas da quarta-feira, 09 de dezembro. Às 16:00 horas aconteceu o mesmo com a outra vítima, Alba Liene.

Comentário do programa – Paulo Porto foi um dos maiores profissionais de rádio que o Sertão Paraibano produziu. E foi um exemplo de superação. Pena que tivesse morrido tão cedo. Duas hipóteses são aventadas como motivo para a morte de Paulo Porto. Uma segundo a qual teria sido um crime político. Outra segundo a qual Paulo teria sido morto como queima de arquivo. A vítima principal seria Alba Liene. Paulo seria uma testemunha incômoda que não poderia ficar viva. Nada substancial foi apurado, o que facilitou a absolvição de uma pessoa suspeita na primeira hipótese e, a estas alturas, o crime já prescreveu. (LGLM)

 

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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