Dilma busca nomes para substituir presidente da Petrobrás (*)

By | 20/12/2014 9:30 pm

(Folha da sexta)

Apesar do desejo pessoal de manter Graça Foster no comando da Petrobras, a presidente Dilma Rousseff está sendo convencida por auxiliares a procurar nomes para o comando da estatal e fazer, se possível, uma mudança o mais breve possível.

Interlocutores dizem que a ideia é aproveitar alterações na cúpula de bancos públicos para mudar a diretoria da petroleira, mexida que pode ocorrer só em 2015 devido ao atraso da reforma ministerial.

Além de ser amiga pessoal de Graça, Dilma resistia em tirá-la do cargo por convicção de que a executiva, desde que assumiu a presidência da estatal, trabalhou para limpá-la de eventuais irregularidades. Acreditava, portanto, ser uma injustiça sacrificá-la por causa da Operação Lava Jato.

Nos últimos dias, porém, mesmo defensores da permanência de Graça passaram a reconhecer que o desgaste da Petrobras junto ao mercado não cessará se não houver uma troca no comando.

Assessores têm dito que Dilma, caso opte pela substituição, vai escolher um profissional de mercado, de preferência nome com experiência em captações de recursos e remodelagem de dívidas.

Dois novos nomes estão circulando como candidatos. Um deles é Nildemar Secches, que comandou a Perdigão e, depois da fusão com a Sadia, presidiu o conselho de administração da BR Foods. Hoje conselheiro de empresas, ele já trabalhou no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Outro nome é o de Rodolfo Landim, executivo do setor de petróleo. Ele já trabalhou na Petrobras, onde, entre outros, foi diretor-gerente de exploração e produção e presidente da BR Distribuidora.

Neste ano, Dilma deve fechar o primeiro escalão. Até a próxima semana, vai definir os nomes palacianos, confirmando Miguel Rossetto na Secretaria-Geral da Presidência. O petista Patrus Ananias deve substituí-lo no Desenvolvimento Agrário.

Ricardo Berzoini, titular das Relações Institucionais, tende a seguir no cargo.

Por pedido de Lula, o PT voltará ao comando do Ministério do Trabalho com um ministro ligado à CUT. São Cotados José Feijoó e Arthur Henrique, ex-presidente da central. Jaques Wagner, que queria assumir a Defesa, deve ir para as Comunicações.

O Esporte tende a ficar com o PDT, o que pode deslocar o PC do B para a Cultura.

O PSD aguarda a confirmação do ex-prefeito Gilberto Kassab para as Cidades no lugar do PP, que pode ser transferido para a Integração Nacional. O PMDB quer a Integração para Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara. O PT trabalha contra.

Dilma ainda tenta nomear o governador do Ceará Cid Gomes (Pros) para a Educação, tradicional reduto petista. Nos últimos dias, o aliado mandou sinais de que poderia aceitar o convite.

Comentário do programaO clima de desconfiança do mercado financeiro com relação à Petrobrás pode “quebrar” a estatal. A troca de toda a diretoria talvez sirva para estancar este clima de desconfiança que é mostrado nas quedas sucessivas de preços da ações da Petrobrás. (LGLM)

Comentário

Comentário

Category: Destaques

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *