(Folha, na quinta)
Em um anúncio histórico, feito simultaneamente nos EUA e em Cuba, os líderes dos dois países, Barack Obama e Raúl Castro, iniciaram processo para restabelecer relações diplomáticas, rompidas em 1961.
O acordo, mediado pelo Canadá e pelo papa Francisco, prevê abertura de embaixadas, libertação de prisioneiros e medidas que afetam a vida dos cubanos, em áreas como comunicações, turismo e bancos.
O embargo comercial americano à ilha comunista, contudo, não sofrerá alteração, uma vez que dependeria de aval do Congresso, onde Obama não tem maioria.
Em discurso na TV, Obama reconheceu que a política de tentar isolar Cuba, um resquício da Guerra Fria, fracassou. “Todos somos americanos”, declarou o presidente americano, em espanhol.
Já Raúl conclamou os cubanos a “respeitar e reconhecer” a atitude de Obama.
Dissidentes cubanos receberam a reaproximação com desconfiança, enquanto países latino-americanos a elogiaram. Para o Brasil, o acordo representa uma oportunidade econômica, sobretudo porque o país financiou o porto de Mariel, maior obra cubana.
Comentário do programa – O isolamento de Cuba pelos Estados Unidos tem sufocado a economia cubana que só sobreviveu graças ao apoio da União Soviética. As dificuldades financeiras da Rússia, que sucedeu a União Soviética, deixaram a economia cubana em estado de coma. O reatamento das relações entre Estados Unidos e Cuba pode ser a salvação econômica dos cubanos, já que a decisão de Obama deve quase obrigar a que os adversários do presidente americano no Congresso terminem por acabar com o bloqueio econômico a Cuba, cujos habitantes, há mas de cinquenta e três passam dificuldades de todo o tipo. (LGLM)