(Jornal da Paraíba)
O Estado da Paraíba possui 101 municípios classificados em epidemia de dengue. Além disso, das 20 amostras enviadas para análise no Instituto Evandro Chagas-Pará, 15 foram resultados positivos e deste total, 11 foram confirmados para o Zika vírus no município de João Pessoa. Os dados foram confirmados pelo boletim epidemiológico da dengue e Chikungunya, referente ao período de 1º de janeiro a 23 de junho, divulgado ontem pela Secretaria do Estado de Saúde (SES).
Atualmente, 101 municípios da Paraíba, o que representa 45,29% dos 223 dos municípios paraibanos, estão classificados em epidemia de dengue, ou seja, que o coeficiente de incidência por número de casos para cada 100 mil habitantes, está acima de 300%. Entre os municípios em epidemia estão: João Pessoa, Conde e Santa Rita (Confira a relação completa de municípios em situação de epidemia de dengue no quadro ao lado).
Para se ter uma ideia da evolução dos casos de dengue nos últimos anos, segundo o relatório epidemiológico da SES, a incidência da doença nos anos de 2013,2014 e 2015 foram, respectivamente, 219,35%, 94,17% e 372,32%. Conforme Renata Nóbrega, gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, essa situação pode ter aumentado tendo em vista a recomendação da notificação dos casos de Síndrome Exantemática de Etiologia Desconhecida, nos meses de maio e junho. Indivíduo residente no Estado da Paraíba que apresente exantema (manchas avermelhadas), acompanhado ou não de febre baixa (até 37,7ºC) e outros sinais e sintomas, que não atendam a definição de caso suspeito de sarampo, rubéola, dengue e chikungunya”, explicou.
Nesse período, foram notificados 17.106 casos suspeitos de dengue na Paraíba, sendo confirmados 6.082 casos, com 2.422 casos descartados. Dentre os casos confirmados, 64 deles foram classificados como dengue com sinais de alarme, sendo 11 casos de dengue grave. Os demais seguem em processo de investigação. De acordo com o boletim, dois óbitos por dengue foram confirmados, um no município de Alhandra e outro em Guarabira. Quatro mortes seguem em processo de investigação.
Zika na PB
Sobre as descrições dos casos suspeitos e confirmados de Zika no Estado, o levantamento revelou que dos casos confirmados destaca-se que 45,5% foram do sexo masculino e 54,5% feminino. A febre por vírus Zika é descrita como uma doença febril aguda, autolimitada, com duração de 3-7 dias, geralmente sem complicações graves e não há registro de mortes.
Febre de Chinkungunya
Na Paraíba, foram notificados sete casos suspeitos de febre nos municípios de Pombal (1), Alhandra (1), Campina Grande (1), Umbuzeiro (2), Coremas (1), João Pessoa (3), Rio Tinto (01), sendo cinco descartados e dois em investigação, aguardando resultado.
Municípios em epidemia
Água Branca, Alagoa Grande, Alagoinha, Alcantil, Alhandra, Aparecida, Arara, Areia de Baraúnas, Areial, Aroeiras, Bananeiras, Baraúnas, Barra Santana, Bayeux, Belém, Boa Vista, Bom Jesus, Borborema, Brejo dos Santos, Cabaceiras, Cabedelo, Cachoeira dos Índios, Cacimbas, Caiçara, Cajazeiras, Camalaú, Capim, Catolé do Rocha, Caturité, Conde, Coxixola, Cuitegi, Diamante, Dona Inês, Esperança, Fagundes, Frei Martinho, Guarabira, Gurjão, Ingá, Itaporanga, João Pessoa, Juarez Távora, Juazeirinho, Junco do Seridó, Juripiranga, Juru, Lagoa, Logradouro, Mãe D’água, Manaíra, Marizópolis, Matinhas, Maturéia, Mogeiro, Monte Horebe, Monteiro, Nazarezinho, Nova Olinda, Nova Palmeira, Ouro Velho, Parari, Pedra Lavrada, Pedro Regis, Piancó, Picuí, Pilar, Pilõezinhos, Pirpirituba, Pitimbu, Prata, Princesa Isabel, Puxinanã, Remigio, Riachão, Riachão de Santo Antônio, Riacho dos Cavalos, Salgado de São Félix, Santa Helena, Santa Luzia, Santa Rita, Santo André, São Domingos, São João do Rio do Peixe, São José dos Espinharas, São José de Princesa, São José do Sabugi, São José dos Ramos, São Mamede, São Sebastião do Umbuzeiro, Serra da Raiz, Serra Grande, Sertãozinho, Sousa, Tavares, Teixeira, Uiraúna, Umbuzeiro, Várzea e Zabelê.
Comentário do programa – A situação destas cidades exige que poder público e comunidades se unam para reverter este quadro considerado como de epidemia. Não se pode culpar apenas as administrações municipais e exigir delas providências, a comunidade tem que cumprir a sua parte na prevenção, combateR todos os focos existentes em suas residências e terrenos de sua propriedade, além de denunciar os focos existentes em áreas públicas e de terceiros. (LGLM)