(No blog de Adjamilton Pereira)
Os técnicos da Polícia federal, da Controladoria Geral da União e do Ministério Público Federal, que estão analisando os documentos apreendidos na Operação Andaime, estão desenvolvendo um trabalho hercúleo para concluir a empreitada, em virtude do volume de documentos que estão sendo avaliados e, principalmente, no sentido de fazer o liame entre os envolvidos no esquema que estão presos, com o núcleo dos agentes ligados as Prefeituras, mas especificamente os diretamente responsáveis pela elaboração dos procedimentos licitatórios viciados e outros agentes envolvidos na prática delitiva.
Isso é o que se pode depreender pelos argumentos utilizados pelo juiz federal, na fundamentação de uma das decisões tomadas no feito, com relação ao pedido de liberdade requerido por um dos presos na operação, que está disponibilizado para o público no site da Justiça Federal.
O magistrado aponta que são 170 procedimentos licitatórios sob suspeita, em uma reiteração criminosa que se arrasta desde 2011, assim como o volume de recursos desviados, tudo levando a crer que a associação delitiva em questão pode ter ramificações em outros municípios e envolver outros agentes públicos.
O Ministério Público Federal aponta que os investigados na operação andaime, podem está envolvidos na prática de crimes de Fraude a Licitação, superfaturamento em licitações, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.