Genival Jr., Jornalista Sistema Itatiunga de Comunicação
Um levantamento do Instituto Patoense de Pesquisa e Estatística – INPPE, aponta a possibilidade de redução do eleitorado de Patos nas eleições do próximo ano, em função do recadastramento biométrico dos eleitores por parte do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba-TRE-PB.
Segundo levantamento do INPPE, o índice pode variar de 3,00% a 6,00%, considerando os dados registrados em municípios como Campina Grande e João Pessoa respectivamente, que passaram pelo recadastramento de seus eleitores no ano passado.
Em João Pessoa, por exemplo, o eleitorado caiu de 480. 237 eleitores em setembro de 2012, para 464.139 em setembro de 2014, o que significa 16.098 eleitores ou 3,35% a menos. Já em Campina Grande, o contingente de eleitores que era 280.207 eleitores em 2012, foi reduzido para 263.489 eleitores em setembro de 2014, o que representa 16.718 a menos, ou 5,96% no total.
Trazendo para a realidade de Patos, o eleitorado que em 2014 era 67.170 votantes, poderia subir para perto de 69 mil em 2016, e ser reduzido de 2.300 a 4.100 eleitores após o processo de biometria o que sobraria de 65 a 67 mil votantes para as eleições de 2016, podendo ser ainda mais baixo.
Para o cadastramento biométrico, é necessário apresentar cópias de um documento oficial com foto, título de eleitor, comprovante de residência, e CPF do eleitor. Para aqueles que estão com o documento cancelado, o primeiro passo será a liberação do documento, para em seguida fazer a biometria.
Vale lembrar que 98 municípios do estado passarão pelo processo de biometria, o que significa dizer que mais de 913 mil eleitores serão recadastrados até maio do ano que vem.
Comentário do programa – A redução do eleitorado pode se dever a vários fatores. Pessoas que foram morar em outras cidades, pessoas que morreram, pessoas que estão ausentes por outros motivos e que não conseguem voltar à cidade a tempo de se recadastrar. Outro caso comum, principalmente em municípios satélites de cidades maiores, é o de pessoas que foram marar nas cidades maiores mas permaneceram eleitoras na cidade de origem, onde têm acesso mais fácil aos prefeitos e vereadores. Se estas pessoas não tiverem comprovante de residência perdem o domicílio eleitoral e terminam tendo que se alistar na cidade para onde emigraram. Neste caso, os municípios menores têm mais a perder do que a ganhar, em número de eleitores. (LGLM)