(Jornal da Paraíba)
Motoristas de transporte alternativo ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira (4) para pressionar os deputados estaduais a votarem projeto de lei de autoria do governo do Estado que institui o transporte complementar na Paraíba. Contudo, por unanimidade os deputados decidiram retirar o projeto de pauta e submetê-lo a votação somente na próxima terça-feira (11), o que gerou revolta entre os manifestantes.
O adiamento foi sugerido pelo deputado Arnaldo Monteiro (PSC) para que os parlamentares pudessem analisar três emendas apresentadas pelo deputado Anísio Maia (PT) ao projeto. No plenário, o líder da bancada governista, Hervázio Bezerra (PSB), garantiu que iria se reunir com a equipe técnica do governo do Estado para discutir as propostas. Os alternativos rechaçaram o adiamento e iniciaram uma intensa discussão com os deputados Anísio Maia e Hervázio Bezerra.
O representante do Sindicato da categoria, Iramar Meneses, ameaçou bloquear rodovias caso o projeto não seja aprovado. Ele alega que os motoristas alternativos estão impossibilitados de trabalhar já que seus veículos são apreendidos constantemente. O presidente da Assembleia, Adriano Galdino (PSB) garantiu que o projeto será votado na sessão da próxima terça-feira. “Faça chuva ou faça sol”, disse.
O projeto altera a Lei nº 10.340, de 02 de julho de 2014, que institui, dentro do sistema de transporte intermunicipal de passageiros do Estado da Paraíba, o transporte público complementar de passageiros. Segundo Ricardo Coutinho, as alterações sugeridas são necessárias para que se possa harmonizar o convívio entre o transporte complementar e o transporte convencional de passageiros. “Afinal, não é razoável que, no afã de se regularizar a prestação de um serviço, inviabilize-se o transporte convencional de passageiros (taxistas, transporte coletivo municipal e intermunicipal)”, disse o governador.
Comentário do programa – Claro que ninguém pode querer que em troca de organizar o transporte alternativo se inviabilize o transporte convencional. A concorrência leal é benéfica para todos. E da mesma maneira que não se pode negar a importância do transporte alternativo como complemento ao transporte convencional, não se pode negar a necessidade de organizar o transporte alternativo, para que seja confortável e seguro. (LGLM)