Congresso em Foco
Levantamento do Congresso em Foco apontou que dos doze deputados federais da Paraíba, quatro respondem a inquéritos ou ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF). Isso quer dizer que 33,3% da bancada federal paraibana é suspeita de participação em crimes.
Os deputados citados pela reportagem do Congresso em Foco são Aguinaldo Ribeiro (PP), Benjamin Maranhão (SD),Efraim Filho (DEM) e Veneziano Vital do Rêgo (PMDB).
O ex-prefeito de Campina Grande, por exemplo, responde atualmente a dez inquéritos (3970, 4017, 4012, 4029, 3976, 4041, 4060, 4061, 4066 e 4065) e uma ação penal (912) por crimes contra a Lei de Licitações, peculato, crimes de responsabilidade e eleitorais.
Já o ex-ministro das Cidades é investigado no inquérito da operação Lava Jato, que trata de esquema de corrupção na Petrobras.
Confira os detalhes das ações que os parlamentares paraibanos respondem no STF:
Aguinaldo Ribeiro
Ministro das Cidades entre 2012 e 2014, o deputado paraibano é investigado no Inquérito 3989, da Lava Jato, por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha. De acordo com o doleiro Alberto Youssef, Aguinaldo se beneficiava do pagamento mensal de propina feito ao PP. O deputado também responde ao Inquérito 3146 por crimes contra a Lei de Licitações.
Benjamin Maranhão
É réu da Ação Penal 676 por crimes contra a Lei de Licitações e formação de quadrilha. Os crimes imputados a ele na denúncia estão relacionados à Operação Sanguessuga, que desarticulou em 2006 um esquema de superfaturamento de licitações para fornecimento de ambulâncias. Um dos sócios da Planan, empresa que fornecia os veí- culos, declarou que a venda de ambulâncias a municípios da Paraíba era viabilizada graças a emendas parlamentares apresentadas por Maranhão. Em troca, segundo a acusação, ele recebia 10% do valor das emendas. O deputado não deu retornou ao contato da reportagem.
Efraim Filho
Alvo do Inquérito 3653 por violação da Lei de Licitações.
Veneziano Vital do Rêgo
Vice-campeão em pendências no Supremo, ele responde a dez inquéritos (3970, 4017, 4012, 4029, 3976, 4041, 4060, 4061, 4066 e 4065) e uma ação penal (912) por crimes contra a Lei de Licitações, peculato, crimes de responsabilidade e eleitorais.