(Jozivan Antero, no Patos Online)
O Deputado Estadual Dinaldo Wanderley Filho (PSDB), Dinaldinho, foi o entrevistado no programa Polêmica, levado ao ar das 18 às 19h00 pela Rádio Espinharas FM, em Patos. A conversa aberta e franca com o deputado abordou temas diversos, tais como atuação parlamentar, oposição ao Governador Ricardo Coutinho, eleições 2016, famílias políticas, dentre outros assuntos.
Dinaldinho fez uma saudação aos presentes tendo em vista a realização da festa mais tradicional da cidade de Patos, Festa de Nossa Senhora da Guia, e depois entrou nos assuntos de sua atuação parlamentar, comentando sobre seus projetos, requerimentos e discussões em torno do mandato de deputado estadual. O deputado disse que não está de todo satisfeito com seu mandato devido os recessos e outras questões que atrapalham o melhor andamento das ações. Entre os projetos, destaque para o que foi idealizado pelo agrônomo Chico Velho que trata da questão do reflorestamento nas margens das estradas. Fez menção também ao projeto das energias renováveis e o pedido que ocasionou na diminuição do valor do emplacamento das “Cinquentinhas”.
Respondendo sobre boatos que ele teria sido candidato sem o apoio da sua família que o queria dedicado à carreira como médico, Dinaldinho foi enfático: “Na verdade fui eu quem brigou com minha família para ser candidato, foi o contrário. Nossa família tem uma união muito forte e sempre discutimos política. Quando eu disse que ia ser candidato a prefeito todo mundo achou uma loucura. Não nego que a política tem algumas coisas que engrandece como pessoa, mas também lhe deixa triste. Eu venho de um combate de ideias e propostas”, destacou Dinaldinho.
Perguntado sobre a possibilidade do pai dele, o ex-prefeito e ex-deputado Dinaldo Wanderley, assumir um cargo em uma possível gestão de Dinaldinho na Prefeitura Municipal de Patos, o deputado foi claro em dizer que o pai não assumiria nenhum cargo na sua gestão, pois ele é contra o nepotismo de qualquer forma. “Meu pai tem como ajudar sem participar diretamente do governo”, comentou Dinaldinho.
O deputado estadual também falou sobre o nome do político Bonifácio Rocha, relatou questões da demora na entrega de casas populares no Residencial Itatiunga e abordou sobre a estiagem no sertão, dentre outros pontos.
Comentário do programa – Permita-me discordar do ilustre deputado. Seria nepotismo a presença de Dinaldo, por exemplo, como secretário de Saúde, já que ele não é do ramo. Mas não seria, por exemplo, numa área ligada à construção civil, ao comércio, à própria administração, já que como prefeito por oito anos e deputado por quatro ele demonstrou competência e quanto à confiança, tenho certeza de que ele desfrutaria diante do próprio filho. Há um caso semelhante na atual administração. A presença de Ilana como Secretária de Saúde se constituía em nepotismo, por que ela não era da área de saúde, apesar da irrestrita confiança que merecia de sua mãe. No entanto, como Chefe de Gabinete, ela não é exemplo de nepotismo, pois tem qualificação para o cargo, além de continuar merecendo confiança. Este é o entendimento do próprio Supremo Tribunal Federal. Se há qualificação pessoal, o parentesco justifica a confiança. No caso, lembrado por alguns internautas comentando esta notícia no Patos Online, de Hermano Wanderley que foi Secretário de Planejamento durante a administração de Dinaldo não se pode alegar nepotismo, pelo entendimento do próprio STF, já que Hermano é a altamente competente e tinha toda confiança do irmão prefeito. Então, só há nepotismo, nas nomeações para cargos de confiança, se não houver a necessária competência para o exercício do cargo. (LGLM)