Concessionária Yamaha Vera Cruz fecha as portas e não paga direitos trabalhistas na cidade de Patos (*)

By | 25/10/2015 5:45 am

 

(Jozivan Antero, no Patos Online)

A concessionária Yamaha Vera Cruz, que prestava serviços de oficina, venda de motos e peças, fechou as portas desde o mês de agosto de 2015. A empresa está localizada na Rua Pedro Firmino, Bairro Brasília, em Patos, e deixou quase dez funcionários sem receber seus direitos trabalhistas.

Os funcionários alegam que o proprietário da Yamaha Vera Cruz, Hugo Braga, irmão e sócio do ex-prefeito da cidade de Sousa, Fábio Tyrone, não deu nenhuma satisfação ao fechar as portas da empresa e ainda deixou salários atrasados, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) sem depósito de parcelas e está com as carteiras de trabalho dos funcionários retidas.

O funcionário Cícero Morais relatou que o proprietário da Yamaha, Hugo Braga, faz contato com os trabalhadores para se chegar a um acordo, porém, no momento do pagamento não se concretiza a negociação por motivos sem explicação por parte do proprietário. Cícero diz que lamenta o ocorrido e comenta que a Yamaha é uma marca forte e de qualidade, mas está nessa situação devido à má-administração.

Pádua Lima, que também é trabalhador prejudicado, disse que já se tentou de tudo e está prejudicado devido à carteira de trabalho estar retida. “A gente já fez de tudo! Eu tenho proposta de emprego e preciso da minha carteira. O que está faltando agora é fazer a rescisão e o valor ser pago, mas ele quer quebrar as normas e pagar com cheque. A gente não quer nada dele, só que o que é nosso”, relata Pádua.

Alguns funcionários buscaram a justiça para denunciar o caso que segue sem solução. Informações dão conta que as parcelas do FGTS foram depositadas, mas outras pendências estão dificultando as negociações em torno dos demais direitos dos trabalhadores.

Comentário do programaNão sei por que as concessionárias Yamaha em Patos têm tão pouca sorte.  A Yamaha é uma marca forte e de qualidade, como afirmou um dos empregados prejudicados, e vários empresários desistiram da concessão em Patos. Talvez seja realmente um problema de administração. Lembramos que a Honda teve vários donos em Patos até cair nas mãos dos atuais detentores da concessão, que já tem tradição do ramo, são organizados e vão muito bem obrigado. Com relação aos problemas trabalhistas, o pior deles é a retenção das carteiras. Os empregados devem fazer um BO para garantirem uma futura segunda via, se não lhes devolverem as carteiras, e juntos procurarem o Ministério Público do Trabalho que fica bem em frente ao prédio da concessionária, para pedirem uma intervenção no caso. O Ministério do Trabalho não pode fazer nada pois a empresa está fechada, mas o Ministério Público do Trabalho pode acionar a Justiça contra a empresa. Que os empregados evitem, em possíveis acordos, receber cheques que não sejam administrativos, ou seja, cheques emitidos pelo próprio banco, pois cheques pessoais ou de empresas podem permitir o calote. Acordos, de preferência, devem ser feitos na Justiça, para maior garantia do trabalhador. Se por acaso, recuperarem as carteiras profissionais, mesmo que a empresa não tenha dado baixa, podem procurar outro emprego, pois o contrato sem baixa, não impede que outra empresa os contrate. Nem impede que continuem a lutar para receber seus direitos. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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