Não há governo no Brasil hoje, diz ministro do STF (veja comentário ao final)

By | 15/11/2015 7:52 am

O ministro do STF Marco Aurélio Mello criticou, nesta sexta-feira (13), a crise política por que passa o Brasil e afirmou que ela tem origem na falta de harmonia entre os poderes, principalmente o Executivo e o Legislativo.

“Precisamos reconhecer, com desassombro, que hoje não há governo no Brasil”, declarou. “Não se consegue tocar medidas econômica e financeiras indispensáveis à suplantação da crise mais séria, que é econômica e financeira. Precisamos deixar os interesses políticos paroquiais em segundo plano”, afirmou o ministro.

Mello fez a declaração no Insper, em São Paulo, durante uma palestra que concedeu sobre liberdade de expressão.

Durante o discurso, ele também falou sobre a situação econômica do país e demonstrou preocupação com a alta da inflação e do desemprego. Para o ministro, porém, os problemas não vêm só de conflitos políticos recentes, mas também do crescimento demográfico do país nas últimas décadas.

“Em 1970, a população brasileira era de 90 milhões e desde então aumentou 128%. Saúde, educação e mercado de trabalho não aumentaram nesta porcentagem. E aí surge a confusão e grassa [alastra-se] a pobreza e a delinquência de toda ordem”, afirmou Mello.

Sem citar explicitamente o Bolsa Família, o ministro afirmou ainda que programas de distribuição de renda têm sido apontado como solução para tais problemas, mas, na verdade, os agravam.

“Se disse muito nesses últimos 12 anos que é preciso incrementar as bolsas, as diversas bolsas e benesses. Ledo engano: a correção de rumos não está aí. As bolsas acabam provocando um aumento populacional e causar um desequilíbrio ainda maior. Mais do que isso, se não voltamos os olhos para criar oportunidades para os jovens, com as bolsas, acabamos criando uma casta de acomodados”.

Comentário do programa – A análise do Ministro é legítima expressão da verdade. Só que faz um bocado de tempo que não temos governo. Temos uma presidente fraca, chantageada por seiscentos picaretas do Congresso, incluidos os suplentes no exercício do mandato. Concordamos também com ele com relação às inúmeras bolsas, principalmente o bolsa-família. Criamos uma geração de acomodados. Ninguém quer mais trabalhar, satisfeitos com o bolsa-família. Trabalhadores recusam ter a carteira assinada, com todos os direitos disso decorrentes, para não perder o bolsa-familia. Se  alguém se atreve a contratar uma doméstica ouve dela logo na primeira entrevista que não quer carteira assinada para não perder o bolsa-família. E depois que você a dispensar vai procurar a Justiça para cobrar os direitos que perdeu por não ter a carteira assinada. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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