A informação que corre nas rodas políticas locais é que a prefeita Francisca Motta estaria procurando um profissional na área de saúde para nomear para a Secretaria de Saúde do Município. Um dos nomes sondados teria sido o do dr. Jucélio Pereira que já exerceu vários cargos administrativos em nossa cidade. É um profissional sério e capaz. Segundo se comenta ele teria recusado a indicação alegando questões políticas e administrativas. A Secretaria de Saúde é hoje um “calo”, em qualquer administração. Aumentaram muitos os compromissos do município na área, o que exige uma dedicação quase exclusiva do profissional que ocupe o cargo, num município do porte de Patos, enquanto a remuneração paga pelo município jamais cobrirá o que o profissional deixará de perceber em outras atividades. Além do mais, o município tem recebido muitas responsabilidades na área sem uma contrapartida correspondente em termos de recursos. Outro problema á a falta de interesse de muitos profissionais, inclusive médicos, em cumprirem os horários a que são obrigados, o que deixa o secretário “num beco se saída”. Tem que exigir o cumprimento dos horários, mas não quer punir os colegas que não os estão cumprindo. Uma prova é a reação dos profissionais de saúde, por exemplo, à marcação de ponto, motivo de exigência inclusive do Ministério Público Federal.
Esperamos que a Prefeita encontre um profissional que se proponha a assumir o cargo, mesmo sabendo do desgaste que sofrerá, de parte da população se não fizer as coisas funcionários e de parte dos colegas, se exigir o cumprimento das obrigações, principalmente a carga horária. Outro problema é gerado pela limitação dos profissionais para acumular cargos, o que provoca prejuízos financeiros que a maioria não quer encarar.
A função de secretário não é exclusiva da classe médica, podendo ser exercida por alguém que, pelo menos, tenha conhecimento dos problemas da área e das soluções que se tornem necessárias adotar. E precisa gozar do necessário prestigio junto da administração para enfrentar os inúmeros problemas que vai ter que enfrentar. O outro problema sério é ter que “bater de frente” com profissionais muito ciosos dos seus privilégios.
E tinha um secretário de saúde em Patos?
Alguém estava “tomando conta”. E não deve ter aguentado “a barra”, tantos problemas tinha a enfrentar.