PMDB vira ‘colcha’ de interesses pessoais e deve enfrentar debandada

By | 27/02/2016 9:04 pm

 

Disputas internas têm dividido o partido, e três parlamentares podem deixar a sigla.

ANGÉLICA NUNES, no jornal da paraíba

Diante dos embates políticos internos, o PMDB da Paraíba acabou virando uma colcha de retalhos mal costurada por interesses particulares. A dificuldade enfrentada pelo presidente estadual do partido, senador José Maranhão, tem sido a de construir uma unidade em prol da disputa eleitoral, sobretudo em João Pessoa e Campina Grande, onde a legenda é tida por outros partidos como o fiel da balança.
A briga interna tem respingado, inclusive, nas decisões no cenário nacional, como na escolha do deputado Veneziano (PMDB) para vice-líder do partido na Câmara. O peemedebista foi apontado como um dos votos contrários à indicação do deputado Hugo Motta (PMDB) para líder do partido na Casa, o que teria contrariado Motta. Sem querer se alongar no assunto, Veneziano trata o tema como “fuxico” e diz que Hugo conhece sua postura.
Na disputa em João Pessoa, as brigas paroquiais ainda giram em torno da pré-candidatura do deputado Manoel Junior (PMDB) para prefeito. Uma ala dos correligionários, liderada pelo deputado Gervásio Maia (PMDB), ainda se articula para apoiar a candidatura do secretário João Azevedo, mesmo  após José Maranhão ter decidido pela candidatura própria.
Maia, que vai assumir a presidência da Assembleia Legislativa a partir do próximo ano, graças a uma articulação política dos governistas, declarou que deve aproveitar a “janela da infidelidade” para deixar o PMDB e se filiar ao PSB do governador Ricardo Coutinho. O deputado licenciado Trócolli Junior, que está na Secretaria de Articulação, já mandou o recado para os dirigentes do PMDB de que vai seguir Maia.
Mais isolado ainda no PMDB da capital, o vereador Fernando Milanez é outro que deve deixar o partido. Ele é o único parlamentar mirim da sigla em João Pessoa. Maranhão diz que só vai se pronunciar sobre debandada quando ela virar fato.

Comentário do programaOs nossos políticos não têm mais ideologia, não obedecem mais a uma linha partidária. Todos eles só se preocupam com os seus interesses pessoais. A atividade política não visa mais o interesse público, mas pura e simplesmente virou um negócio. Cada político procura estar onde houver mais vantagens para ele. O eleitor que votou nele “que se dane”. Se vendeu o voto já deve ter recebido o pagamento. Se não vendeu (foi iludido com falsas promessas) ou não recebeu fez papel de “besta”. O grande exemplo são os vereadores. Você confia o seu voto a ele e, mais na frente, ele se vende ao prefeito que ganhar a eleição. (LGLM)

Comentário

Category: Estaduais

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *